sábado, 8 de dezembro de 2007

 

EM 07 DE JULHO DE 1994 DIZIA - O JARDIM



A integração do fosso do Baluarte no jardim público através de abertura que, para o efeito, seria efectuada na muralha que os separa, é ideia de longa data e que, a meu ver, se impunha concretizar.

Em boa verdade quantas terras gostariam de poder integrar no seu jardim um plano de água como aquele que pode estar à nossa disposição. Certamente a situação degradada do local em questão tem impedido que se pensasse na situação com efectividade, mas porque se aproxima a hora de ficar definitivamente sanado o problema do esgoto que contribuía para tal degradação, é oportuno agarrar definitivamente a ideia, daí que me atrevo a adiantar mais uma sugestão.

Imagine-se que em local próximo da traseira do coreto do nosso jardim era aberta uma passagem, cujo arranjo poderia ser igual ao da actual Ponte Velha, que ao longo da muralha, assente no lagedo que neste momento está enterrado no lodo, se construía uma passarela cais, como que a constituir uma varanda sobranceira ao plano de água já referido. Esta passarela daria a oportunidade de se fazer a ligação entre o jardim principal e o da cascata, abrindo-se, para o efeito, mais uma passagem na muralha e no topo norte da citada passarela. E também no topo sul ficaria bem que se estabelecesse idêntica passagem, que permitiria a utilização da tal varanda como local de passeio, com saídas fáceis e evitando-se criar zonas sem vigilância eficiente.

Para realização desta passagem a sul é imperioso demolir o muro de suporte de terras que estrangula a Rua 13 de Infantaria em frente das instalações da Caixa Agrícola, dado que esta demolição em nada afectava a integridade da verdadeira muralha, permitindo o desafogo daquela zona até ao portão de acesso à capitania do porto, aproveitando-se para nessa área , e em situação subterrânea, se construir um sanitário público compatível com a nossa era, que permitisse desafectar a muralha existente, do que está mais do que ultrapassado em eficiência e inestético.

Integrar-se-ia nesta obra a construção de uma passagem para peões, sob a forma de uma ponte em arco, que ligasse a abertura central da muralha à outra margem do fosso. Resultariam daqui várias utilidades, tais como, um ornamento do local, cuja iluminação reflectida na água seria um motivo de embelezamento, um local de acesso seguro para quem utiliza o terminal rodoviário ou trabalha naquela zona, evitando-se a utilização comum de peões e viaturas na Ponte Velha, mas ainda e muito especialmente seria criado um acesso fácil desde a zona central da nossa cidade até ao parque de estacionamento que, certamente, irá ser organizado em aproveitamento da zona degradada que lhe fica no seguimento.

Não sei se para concretização de uma ideia deste tipo será preciso mover montanhas e tremendas oposições, sabemos que, por hábito, se rejeita tudo o que não tem determinada origem, mas não fora a vontade e o querer do então Presidente da Câmara, Snr. António da Conceição Bento, ainda presente na memória dos penicheiros, não dispúnhamos da Avenida do Mar e Largo do município, porque continuaríamos espartilhados pela muralha ali existente.

Nada me move contra a existência da muralha, que considero um monumento que nos compete preservar, aliás, a obra que aqui se propõe vem evidenciar a existência de muralha como monumento e a coexistência das duas situações é perfeitamente possível, partamos do princípio que o respeito que devemos ao importante monumento não pode condicionar a melhor utilização dos espaços.

MAIS UMA NOTA EM 08 DE DEZEMBRO DE 2007 - ( treze anos depois)

A Ponte Velha continua a ser um ponto de conflito entre peões e viaturas, vamos ver se os anos vão continuar a passar sem um acidente grave naquele local. O acesso facilitado entre parque de estacionamento e o coração da cidade, onde o estacionamento é um flagelo, não existe. A integração do plano de água, que constitui o fosso, no jardim público, não se fez.
A concretização do projecto de arranjo do fosso da muralha talvez se venha a concretizar nos próximos 13 anos. Enfim, vamos todos tendo paciência de esperar, que um dia há-de ser.

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