terça-feira, 29 de janeiro de 2008

 

EM 02 DE NOVEMBRO DE 1995, DIZIA "SABER OUVIR"







A sabedoria de ouvir está perfeitamente interiorizada no espírito da equipa a quem foi adjidicado o estudo da recuperação do fosso da muralha da nossa cidade e terrenos envolventes, desde o parque das gaivotas até à praia de Peniche de Cima.



Talvez por isso a obra, cuja maquete acaba de ser apresentada, esteja tão integrada naquilo que, estou certo disso, será o agrado da maioria dos Penicheiros.



Na verdade foi-me concedida a honra de poder acompanhar o nascimento daquele projecto, que se encontra em fase de apreciação pública, e, desde o seu início, constatar que os seus obreiros se preocuparam em ouvir as sugestões adiantadas pelo grupo a que pertenci, para depois acolher aquilo que entenderam de melhor e sem a preocupação de dar expressão a tudo o que foi sugerido.



Está, portanto, de parabéns a equipa autora do projecto, mas também a Junta Autónoma dos Portos como entidade promotora e patrocinadora do mesmo.



Consideramos, por isso, um exemplo bem evidente da forma como as obras públicas devem ser concebidas e a maneira de fazer interessar as populações em tudo o que respeita à sua comunidade.



Importa agora que o seu seguimento seja uma luta a travar até à execução final e o seu destino não passe pelo desencanto daquele que foi elaborado para o Porto da Areia Sul, que parece vítima de qualquer maldição, ou má vontade, pois, quanto mais nele se fala mais perece votado ao abandono. É caso para aconselhar a todos os que têm manifestado preocupação com a sua situação, a que se calem para ver se a maldição se esfuma e sobrevem uma forte dose de "SABER OUVIR".



Volto ao objectivo principal destas minhas palavras com o desejo de que as pessoas se interessem em fazer a apreciação do referido projecto, que tem estado à disposição do público, manifestando assim, através do seu interesse e da sua crítica, a vontade de que as coisas mudem e se dê a conhecer aos que nos governam o verdadeiro sentido das prioridades.



Aos técnicos e a quem compete colaborar e proporcionar a feliz concretização do projecto, será exigível que a sua plena adesão o facilite. Recordo, a propósito, o facto de já ter chamado a atenção para a necessidade de corecção do traçado do arruamento que vem do cruzamento da Frigorífica para a Ponte Velha, afastando o seu entroncamento da saída da ponte, a fim de criar espaço para desenvolvimento do jardim, que naturalmente se pretende que nasça junto ao plano de água que constitui o fosso da muralha. Infelizmente assisti à implantação de candeeiros de iluminação e respectivo lancil em posição que demonstra não ter sido ouvido, mas apraz-me registar que, sem que tenha feito qualquer alvitre nesse sentido, a equipa autora do projecto vem defender a mesma situação.



Enfim, Peniche merece que todos aprendamos a "SABER OUVIR" e em especial a ouvir-nos uns aos outros, sem preconceitos ou sobranceria, é essa a obrigação de todos nós.




Em 29 de Janeiro de 2008 devo acrescentar : -



O projecto a que me refiro tem, a meu ver, tanto interesse e influência na melhoria do aspecto que se transmite a quem chega à nossa cidade, como teve o que se concretizou no que, eu denomino, Parque da Cidade. É uma pena que esteja a apodrecer numa qualquer gaveta do edifício municipal e não se lhe dê a atenção que merece. Apelo daqui à presente edilidade que não o deixe cair, que proceda para com ele como actuou com o do Parque da Cidade. Toda a população lhe reconheceria o mérito de "SABER OUVIR", como demonstrou não ter tido preconceitos em concretizar o projecto do Parque da Cidade e que já tive a oportunadade de elogiar em escrito recente na Voz do Mar. É certo que o seu espaço já está um pouco ocupado com o campo da feira, mas a sua valia justifica nova mudança no campo da feira. Quem deu um passo tão importante não pode ter dúvida em executar o seu complemento.



Quanto ao projecto do Porto da Areia Sul, a que me referi no texto acima, quero afirmar que o que foi feito, em jeito de execução com a prata da casa, está muito aceitável como intermédio, justifica que algo mais se execute ali, seja o projecto que está feito e pago pela Câmara, sejo outro semelhante mas com a mesma dignidade e alcance. É preciso sermos ousados.

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