segunda-feira, 28 de abril de 2008

 

EM 11 DE JANEIRO DE 2005, DIZIA "ELEMENTOS PARA A HISTÓRIA DO CLUBE NAVAL DE PENICHE"





O Clube Naval de Peniche nasceu com o fim de apoiar a Câmara Municipal de Peniche, então da presidência do senhor António da Conceição Bento, na organização de um campeonato europeu da classe MOTH.


Foi seu primeiro presidente e grande dinamizador da iniciativa o senhor Dr. Fernando Nolasco da Silva, tendo como colaboradores mais imediatos o snr. Dr. Mário de Almeida Braga e o senhor Fernando Fragoso.


Foram seus sócios fundadores os senhores:

Fernando Nolasco da Silva, António da Conceição Bento, Mário de Almeida Braga, Fernando Fragoso, José de Almeida Braga, José Fernandes Bento, João Maria Conceição, Francisco de Jesus Salvador, Francisco Alexandre Vidal Franqueira, e Luís Gonzaga Correia Peixoto.


A organização do Campeonato Europeu da Classe Moth teva como base a Câmara Municipal de Peniche e, como elemento ao serviço da câmara, foi secretariada pelo senhor Carlos Manuel Carneiro Costa e Sá.


Estiveram presentes vários clubes representantes de Portugal, Espanha, França, Itália e Marrocos, o que constituíu um êxito, quer pela organização, quer pelas condições que Peniche demonstrou ter para a prática da vela.


Desta iniciativa ficou, como resíduo, o Clube Naval de Peniche, devidamente constituído e filiado na Federação Portuguesa de Vela.


Felizmente o senhor Dr. Fernando Nolasco da Silva, acompanhado de alguns elementos mais, mantiveram a chama acesa e para isso foi alugado um armazém , sito na Rua Marechal Gomes Freire de Andrade e em frente ao Posto Anti-Tracomatoso (onde trabalhava o Snr. Dr. Fernando Nolasco), que funcionou como sede e depósito de três embarcações, oferecidas ao clube pelo Snr. Fernando Fragoso.


A partir desta situação foi mantido o entusiasmo de alguns jovens que, quer utilizando as embarcações do clube, quer adquirindo ou construindo embarcações próprias, iam praticando o desporto entretanto adoptado, em condições precárias e difíceis, mas ultrapassadas pelo entusiasmo com que o faziam.


Entretanto foi dado novo passo na vida do clube com a transferência do seu armazém de barcos para o Porto da Areia Sul, utilizando o edifício de um antigo paiol ali existente.


A partir desta situação a evolução foi marcada pelo nascimento de uma escola de vela, cuja orientação ficou a cargo de João Marques Petinga Avelar e Joviano Fidalgo, conseguindo-se que a Federação Portuguesa de Vela viesse, entretanto, a subsidiar a vinda de um monitor, senhor Luz, acompanhado da oferta de uma embarcação da classe Snipe para barco escola, bem como quatro embarcações especialmente criadas pela Associação Naval de Lisboa para o ensino da vela, tendo a firma Mendes de Almeida, através do seu presidente do conselho de administração, com o mesmo nome, oferecido um motor para a embarcação de apoio. Tudo isto com base nos conhecimentos e amizades que o snr. Dr. Nolasco mantinha junto da classe de velejadores dos clubes de Lisboa.


A colocação das embarcações na água era, por vezes, difícil, facto que levou os responsáveis pelo clube a procurar um meio de colocação na água através de um guindaste (ainda hoje utilizado) que foi conseguido por uma importância simbólica, junto da Administração do Porto de Leixões.


Nasceram assim os primeiros velejadores de Peniche, com base numa escola de vela, entre os quais constavam duas meninas.


A evolução que se vinha registando entusiasmou a Câmara Municipal de Peniche a oferecer ao clube um barracão em chapa de alumínio, que constituiu um excelente contributo para a sua melhor organização.


Porém, as dificuldades de manobra no local mantinham-se e obrigaram a que se deslocasse para o fosso da muralha todo o equipamento que o clube tinha, apesar do contratempo que constituía a ausência de água durante parte da maré vazia.


Nesta altura o clube passou a ter o seu posto náutico no fosso das muralhas e abriu uma sede social na rua Latino Coelho, a partir da qual foram desenvolvidas outras actividades desportivas, nomeadamento o campismo, o hóquei em patins e a pesca desportiva.


O clube conseguiu atingir uma apreciável actividade no campismo, com participação em vários eventos a nível nacional e a organização de alguns acampamentos de âmbito nacional, dos quais vieram a resultar a instalação do actual Parque Municipal de Campismo no local actual, na pesca desportiva participou a nível nacional em vários concursos de pesca e organizou os seus próprios eventos de âmbito nacional e internacional, permitindo-me destacar o único concurso de pesca organizado na Berlenga, no hóquei em patins não passou da participação em alguns jogos organizados entre equipas amadoras locais.


A actividade desenvolvida foi motivadora do interesse da edilidade, oferecendo ao clube a estrutura de um posto de turismo móvel que havia decidido encerrar e que instalou junto do restante equipamento no fosso das muralhas, passando assim o clube a possuir todas as instalações reunidas e a poupança da renda de casa.


Com a transferência do porto de pesca para a situação actual, o clube concretizou o seu sonho de sempre, a instalação, na área da Ribeira, onde havia água permanente, ocupando parte das instalações da antiga lota, por cedência camarária, e foi a partir daqui que foi possível levar por diante a sua reestruturação, permitindo o desenvolvimento do seu desporto base, dimensionando a sua escola de vela.


Como forma de garantir o seu desenvolvimento desportivo na área da vela e pensando na forma ideal de captação de praticantes na camada jovem, o clube abriu a sua escola de vela à colaboração com outras entidades ligadas ao ensino da juventude e estabeleceu acordos de colaboração com o Externato Atlântico e a Escola Comercial e Industrial de Peniche, para que os seus alunos pudessem usufruir das suas instalações, do material para prática da vela e do monitor da sua própria escola.


A partir desta situação pessou a ser possível lançar o clube na prática da vela desportiva com dimensão nacional e apoiar os seus associados, e não só, na utilização da marina local.



EM 28 DE ABRIL DE 2008. - Tenho alguma autoridade para:



Lamentar a situação em que se encontra o nosso Clube Naval. Afigura-se-me que as pessoas que têm assumido a responsabilidade da sua gestão se deslumbraram com a ideia de construir um clube grandioso, esqueceram-se que o clube tem que ter vida no seu dia a dia e que, a exemplo de todo o estorial que relatei, é preciso manter consolidados os progressos que se forem alcançando.






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