quinta-feira, 20 de março de 2008

 

EM 04 DE JUNHO DE 1998, DIZIA - "NA PRAIA DA CAMBOA - AS CAPELAS IMPERFEITAS"



Já tive a oportunidade de trazer às páginas deste jornal, nomeadamente no seu número de 7 de Abril de 1994, o alerta para a necessidade de se intervir com vista a salvar a Praia da Camboa. Recordava, então, que a intervenção a concretizar estaria, em meu entender, na reposição do que foi, em tempos, o cano do Fialho, apenas no que representava de paredão de retenção de areias, evidentemente.
Felizmente algo foi conseguido e tive o gosto de ver aderir a esta causa o Polo da Escola Superior de Tecnologia e Gestão, que organizou um debate do assunto com especialistas na matéria. Como consequência da ponderação que foi feita, acertou-se que a implantação de enrocamento de pedra que substituisse o citado cano do Fialho poderia trazer benefícios para o fim em vista, não sendo previsível qualquer influência negativa em local próximo.
Alentados pela fundamentada conclusão a que se chegou em debate, resolveram os responsáveis pela edilidade assumir a construção do referido enrocamento, tal como se encontra neste momento.
Infelizmente a obra efectuado não correspondeu totalmente ao que se imaginara dado que, com o intuito, louvável, de facilitar a passagem das pessoas, se deixou uma abertura precisamente no local onde o efeito destrutivo da corrente maiores danos causa à pretendida acumulação de areias, neutralizando-se assim o efeito pretendido. Na realidade aquela passagem provoca uma corrente no local, ainda mais forte e destrutiva, por efeito do estrangulamento que se produziu.
Se se pretende, de forma louvável como já referi, facilitar a passagem de pessoas, que se construam alguns degraus em cimento, aproveitando uma estrutura que já lá existe, degraus que dentro de muito pouco tempo serão substituídos pela areia que, hoje mais do que nunca, tenho a certeza que ali se depositará. Quanto ao acesso de viaturas, que também foi contraposto, recordo que qualquer das partes da praia tem acesso assegurado, quer pela zona do estaleiro para uma parte, quer pela zona do farolim para a restante.
É uma correcção que se impõe para aproveitamento do gasto que ali se fez e pleno atingimento dos objectivos pretendidos, mas a que os ouvidos, a quem tenho posto o assunto, sempre se fecharam.
Apelo agora aos elementos da actual edilidade para que seja devidamente complementada a obra efectuada, providenciando para que aquela passagem seja eliminada e construindo-se, com gastos de pouca monta, os degraus para passagem das pessoas, acabando-se assim o que denomino de "capelas imperfeitas"
EM 20 DE MARÇO DE 2008.
Não venho apelar a mais ninguém, dado que também já o fiz junto do actual presidente da Junta de Freguesia de Ajuda, o meu amigo Bertino, sem, também, qualquer resultado, para que se complete o que é óbvio aos olhos de qualquer criança. Vou continuar a esperar o resultado final desta incúria e então sim, dar largas ao que me vai na alma. Entretanto, em jeito de aperitivo e como ajuda para antevisão do futuro, passo a reproduzir umas fotografias que o meu amigo Carlos Alberto Tiago teve a gentileza de me ceder:



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terça-feira, 4 de março de 2008

 

EM 02 DE OUTUBRO DE 1997, DIZIA "MORREU O TI JOÃO"


Foi a notícia que surpreendeu um grupo de amigos, à hora do café, e que foi quanto bastou para todos sabermos, de imediato, que falecera o nosso amigo João Rodrigues Pereira, vulgo "Ti João da Berlenga".
Pessoalmente foi com o sentimento de uma pontinha de ingratidão que acolhi a notícia, porque senti que, na devida altura, não me terei preocupado em contribuir para que lhe fosse prestada a homenagem merecida.
A ocupação excessiva que fazemos do nosso tempo não permite que pensemos, em tempo útil, em retribuir a disponibilidade com que sempre fomos tratados por alguém, que em comunhão com a esposa, a "Tia Maria", sempre estavam prontos a ser prestáveis a quem deles necessitava.
Não há quem tenha frequentado a Berlenga com alguma assiduidade, que não haja sido beneficiário da acção daquele casal, seja no campo da segurança, da saúde, do acolhimento, de limpesa e da ordem.
Também a nossa terra beneficiou da conduta destas pessoas, como prova o elevado número de amizades que souberam granjear junto de gente de todo o país.
Foram, portanto, uns excelentes embaixadores dos interesses de Peniche na área do turismo.
Toda esta actividade, que se prolongou por muitos anos, merece o reconhecimento da população da cidade, pelo que sugiro que seja perpectuada, na ilha que tanto amaram, a memória do casal a que me venho referindo, facto a que não se escusará a nossa edilidade.
Estou, deste modo, à disposição de todos os que, concordando com o que sugiro, queiram juntar-se na concretização do que vier a ser decidido.
Em 04 de Março de 2008. -
Ainda não foi prestada a devida homenagem de forma física, penso que a maior homenagem que os seus verdadeiros amigos lhe prestam está na memória e saudade que temos deles.

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