terça-feira, 28 de outubro de 2008

 

A TÚNICA DE CRISTO TAMBÉM FOI JOGADA AOS DADOS





O título que escolhi para este apontamento foi-me sugerido pela imagem do que se está a passar à volta da disputa de espaço na nossa fortaleza, nem sequer falta a figura do “Pilatos” a lavar as mãos.

Vem o arquitecto Siza Vieira e faz uma maqueta do que pensa venha a ser preciso para construir uma pousada , depois a URAP – União de Resistentes Antifascistas Portugueses parece que também já está a marcar a sua fatia de utilização, entretanto o movimento cívico “Não Apaguem a Memória” também acha que deve mandar qualquer coisa, apenas o povo de Peniche não tem, pelo visto, nada a dizer, uma vez que o “Pilatos”, aliás, a Câmara e o Presidente resolverão tudo, se possível a contento dos interessados que se apresentam, e depois dirão ao submisso povo de Peniche o que foi decidido.

Ora vejam, meus caros concidadãos, se não é perfeita a imagem dos Romanos a jogarem aos dados a Túnica de Cristo. Será que não temos nada com isto? Será que a nossa fortaleza não merece um plano de utilização consentâneo com os interesses e a vontade de todos nós? Será que, quando elegemos a Câmara e Assembleia Municipal, assinamos um cheque em branco a um grupo de iluminados para disporem, a seu belo prazer e em satisfação de estranhos à nossa Terra, do património que é nosso?

É caso para, para além de atentos, passarmos á condição de actuantes.



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quarta-feira, 22 de outubro de 2008

 

ASSEMBLEIA - DEFENDA O INTERESSE DE PENICHE !

Exmº. Senhor
Presidente da Assembleia Municipal
do Concelho de Peniche

Apresento-lhe os meus cumprimentos e peço desculpa de lhe ocupar um pouco do seu tempo ao trazer-lhe conhecimento directo do que penso, relativamente ao que se passou na Assembleia de 27 de Setembro último, informando que, como única forma de tornar público o que penso, irei solicitar publicação deste conteúdo.

Aproveito para lhe referir que as actas da Assembleia estão com quatro meses de atraso na sua publicação no sítio da Câmara, o que dificulta o acompanhamento dos munícipes interessados na vida da sua cidade, para além de que, quando procurei obtê-la nos serviços voltei a sentir dificuldade.

Entrando então no assunto que me move venho comentar a intervenção da senhora D. Maria Alina, que não conheço, tal como desconheço se é filha de Peniche, sei que veste a camisola do Partido Comunista como eu vesti, na mesma situação, a camisola do Partido Social Democrata, também não sei se a snrª. está integrada nalgum movimento cívico como a URAP ou NÃO APAGUEM A MEMÓRIA (sectária) eu pertenço ao movimento anónimo AVIVEM A MEMÓRIA (abrangente).

Qual é, portanto, a razão do meu comentário.

A senhora está preocupada com o facto de estar lançada a hipótese da construção de uma pousada na nossa Fortaleza. Estranha forma de se defender o interesse de Peniche e dos seus munícipes, como penso que seria o dever de quem milita nas hostes da Assembleia a que preside. O que está subjacente é outra coisa, qual seja a intenção teimosa de ocupar a Fortaleza com o pretendido Museu Nacional da Resistência, tal como pretendem o Aljube, Caxias, sede da Pide em Coimbra, Sede da Pide no Porto, não satisfazendo o Espaço Grandella na Estrada de Benfica e o Espaço Cidade Universitária, equipados com auditórios, bibliotecas, ciber café, material para exposições, etc. etc., tudo, certamente, com base no esforço financeiro dos seus elementos.

Como todos sabemos, e melhor que todos o Snr. Presidente, o que foi a intervenção, não solicitada ou aceite pela população de Peniche, no processo de repressão feita pelo Estado Novo, está devidamente expressa no núcleo que lhe é atribuído no Museu de Peniche, logo nada está e ser ocultado. O que não está sequer tratado, nem mesmo levemente, é uma outra página, também vergonhosa, da história do país, para a qual também não nos foi pedida aceitação prévia. Trata-se como conhece, talvez não tão bem como eu, do alojamento em condições infra humanas em que, nas mesmas celas dos presos antifascistas, foram colocados os retornados do ultramar, constituídos por crianças, mulheres, velhos e doentes, em número de algumas centenas e que, se não fora a acção da Cruz Vermelha Portuguesa, bem podiam esperar pela acção “esclarecida” de quem pontificava politicamente.

Espero, Snr. Presidente, que a Assembleia a que preside não se demita da função principal que lhe compete, a defesa intransigente dos interesses de Peniche, ainda que, por vezes, os interesses ideológicos e partidários tenham que ser relegados para segundo plano. Só assim podem voltar a obter a credibilidade de todos nós.

Outubro de 2008
João Avelar

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quinta-feira, 16 de outubro de 2008

 

VOLTANDO AO ASSUNTO : “ FOSSO DAS MURALHAS”


Não posso deixar de apresentar a planta topográfica do ano de 1830 onde é possível descortinar três travessias do fosso que, na época, isolava a povoação da língua de areia que constituía a ligação ao continente.

Como assinalei uma situava-se no local onde entendo que deve ser reposta a passagem pedonal, outra no sítio onde ainda hoje existe a ponte velha e uma outra no local do antigo portão de Peniche de Cima.

Se formos observar a muralha do jardim, pelo lado do fosso, notamos, claramente, onde existiu a abertura que foi uma das entradas da povoação.

Não estamos a inventar nada, aquilo que parece fazer tantos engulhos já existiu. Não será só uma questão de teimosia.
Nota - Clique sobre a imagem para a ampliar.

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COMO É POSSÍVEL ? ASSIM NÃO VAMOS LÁ !


Acabo de ter conhecimento de que na Escola EB 2-3 de Atouguia da Baleia foram atiradas para o lixo 32 almofadas e respectivos bilros, que serviram, em tempo recente, para ensinar e divulgar a prática da feitura das rendas de Peniche, numa tentativa, de alguns, de manutenção de um património cultural da nossa terra.

Este equipamento chegou a estar a ser totalmente utilizado pelas alunas daquele estabelecimento de ensino que demonstraram, em várias edições da festa “Dia da Rendilheira”, o elevado nível que atingiram na execução da renda de bilros.

Como acima refiro a tentativa foi de alguns, com a colaboração das empresas Docapesca e Plastimar, mas o desleixo e o deixa andar de outros tantos, onde se inclui o ministério, não permitiram que a mesma se mantivesse, é assim que normalmente acontece quando nos estabelecimentos de ensino pontificam mercenários em detrimento de alguns naturais ou integrados, que, dadas as suas características de trabalho, não estão ligados aos reais interesses locais.

Pretende-se que a escola seja um local de satisfação das necessidades da terra onde está inserida, é pelo menos a filosofia que nos transmitem, mas exemplos como o que acabo de referir não confirmam o facto.

Todo este material poderia e deveria ter sido transferido para outras entidades que continuam a luta da preservação do nosso artesanato, até por respeito à doação das empresas que cumpriram o dever de colaborar com a escola.

Há lições que marcam fases da vida das pessoas e das instituições, os tempos que correm e os que se avizinham talvez venham a consolidar a necessidade de voltarmos a dar o real valor ao que nos rodeia.

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sábado, 11 de outubro de 2008

 

PORQUE TRANSFORMAM UM MONUMENTO QUE TODOS DEVÍAMOS RESPEITAR, NUM ESPARTILHO QUE IMPEDE O NATURAL DESENVOLVIMENTO DA NOSSA CIDADE.




Não dá para perceber que o efeito da visão fundamentalista de certas entidades se constitua no impedimento do desenvolvimento da nossa cidade e da satisfação do interesse e necessidades da sua população.

Como referi anteriormente a integração do plano de água, que se constituirá quando concretizada a obra do fosso da muralha, no jardim público, é um anseio de há muito da população da cidade. Parece que, embora perspectivada no estudo prévio, a abertura de passagem ao centro da muralha do jardim público acabou por ser retirada do projecto final com o receio prévio de que o omnipotente IPPAR, símbolo dos maiores disparates que têm sido feitos na nossa terra, iria recusar.
Se o Presidente António da Conceição Bento houvesse sido assim tão submisso àquela omnipotência, ainda hoje acedíamos à denominada Ribeira Velha por uma rua com três metros de largura.

Respeitem-se todos os monumentos possíveis, mas respeitem-se em primeira instância os interesses das populações, caso contrário o respeito transformar-se-há em antagonismo. A atitude correcta passa pela conciliação de interesses. Que fique o monumento ainda que com algumas cedências que não o descaracterizem de todo.

A teimosia cega é sinal de falta de inteligência e os organismos, porque ao serviço das populações, devem ser inteligentes.

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