sábado, 3 de setembro de 2016

 

O VALE DAS ARMÉRIAS NA BERLENGA


Quando esta fotografia foi tirada, estava-se nos primeiros anos da década de 60, já havia ratos pretos há 1.300 anos e coelhos há, seguramente, 300 anos, para não falar da estadia, em anos mais recentes (1945/50), de um rebanho de ovelhas durante a primavera, e a flora da Berlenga era exuberante, como se constata na foto, relativa àquilo que chamávamos o Vale das Armérias, dada a sua concentração naquele local, embora a sua existência abrangesse toda a ilha.

Hoje, a sua existência é bem mais escassa, não sendo possível reproduzir esta fotografia. O exemplo que tomo relativamente à arméria, pode ser considerado em relação a algumas outras espécies. Só encontrei uma excepção numa observação que fiz no mês de Abril de há uns anos atrás, proliferavam as urtigas ao longo do muro do farol virado a ocidente, o que, segundo os entendidos, significa a acidificação do solo.

Tudo o que tenho vindo a referir está relacionado com a perseguição que está a ser feita àqueles dois elementos da fauna da Berlenga, sob a acusação do elevado prejuízo que estão a causar à flora da ilha.

Do meu ponto de vista, a degradação do solo através da acumulação do excesso de excrementos e penas de aves é que está, verdadeiramente, na origem do paulatino definhar da flora da ilha. A chamada nitrificação do solo.

Só que esta realidade põe em causa as aves, nomeadamente a gaivota de patas amarelas, situação mais difícil de abordar pelos acusadores que, relativamente aos ratos e coelhos usam o termo extermínio, enquanto para as suas avezinhas usam e abusam de mais cuidadinhos e panos quentes.

Volto a afirmar, o assunto requer equilíbrio na maneira de pensar e actuar, todos têm o seu papel a desempenhar, basta ao animal inteligente estabelecer, mais uma vez, o equilíbrio das situações que se coloquem, sem sectarismo.

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