quarta-feira, 24 de julho de 2019
DUAS FACHADAS – DOIS SÍMBOLOS DA NOSSA TERRA
Ainda hoje choramos o crime que, a Câmara de então, cometeu
ao não preservar o edifício do CINEMAR como um centro de cultura da nossa
cidade. Este edifício era a mais importante sala de espectáculos que existia na
região oeste, à data da sua construção e durante algumas décadas. Hoje não
temos nada e andamos a exibir actuações culturais ao ar livre, tipo saltimbancos
dos anos 50.
Hoje o prédio Coutinho está à venda, ou esteve à venda, e os
homens a quem os penicheiros têm entregue a governação da nossa cidade, passam
na Rua Marquês de Pombal e os seus olhos não enxergam nada que represente
interesse a preservar. O edifício do Snr. Coutinho, como sempre o conheci, foi
o local onde funcionou a escola de rendas D. Maria Pia, sob a orientação de D.
Maria Augusta Bordalo Pinheiro, que revolucionou toda a técnica da urdidura das
rendas de bilros, que levaram o conhecimento de Peniche aos quatro cantos do
mundo. As atenções estão sempre viradas para outros interesses.
Dentro de algumas décadas, quem cá estiver, irá ter o mesmo
pensamento que, hoje, estamos a ter relativamente ao Cinemar. Temos assistido à
compra de edifícios que não têm metade da história e aspecto arquitectónico deste, mas não dá para mais. Trata-se de uma área situada no casco mais antigo
da cidade que, nas mãos de quem souber, dará espaço para tudo.
Sobre este assunto já tive a oportunidade de escrever em Fevereiro de 2014, como aqui pode recordar, mas irei continuar até que os dedos me doam.
Etiquetas: Política Local
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