PENICHE - MINHA TERRA

Considerando o retrocesso da sua actividade e a ausência de polos de interesse para atractividade de quem o ajude a colocar-se na senda do desenvolvimento, tende a baixar o nível, como diria o Snr. Professor Adriano Moreira, de exíguo para irrelevante.

Em boa verdade a circunstância da sua situação geográfica foi sempre um problema para o caminho do progresso, nada passa por aqui, tudo aqui terá de ser gerado ou trazido pelo engenho e vontade de quem aqui vive ou se estabelece.

Esta circunstância de estarmos cercados de mar e apenas um istmo de 300 metros de ligação ao resto do mundo, parece condicionar a amplitude da visão e torna-nos dóceis à intromissão de alguns “paroleiros” e “chicos-espertos” que, para azar nosso, aqui vêm, com a sua parolice, abusar da brandura de costumes que é hábito detectar nos ilhéus.

Ora, meus caros concidadãos, vale a pena que façamos o esforço necessário para voltarmos a ser considerados, como já fomos, uma terra em desenvolvimento e vida própria, basta que tenhamos vontade e dedicação na defesa dos nossos interesses, procurando não nos deixarmos enrolar em cânticos de sereias mal-intencionadas.

Temos de ser nós a tomar conta disto e isso começa na escolha daqueles a quem entregamos a condução do nosso destino e na rejeição daquelas que aqui chegam ou por cá estão, apenas, para explorar o pouco que temos ou exibir a sua incompetência.