quinta-feira, 31 de dezembro de 2020
CASTELO DE ATOUGUIA DA BALEIA
As ruínas do "Castelo de Atouguia da Baleia"
localizam-se na freguesia e vila de Atouguia da Baleia, no concelho de Peniche,
distrito de Leiria, em Portugal.
Na foz do rio São Domingos, a antiga povoação de
"Tauria" (devido às manadas de touros selvagens na região), depois
"Touguia", foi um dos mais importantes portos do litoral português na
Idade Média. Devido ao assoreamento da costa, que ligou a então ilha de Peniche
ao continente, perdeu para esta última a função de porto e sede do concelho.
História
Habitada por seres humanos desde a pré-história, na Idade
Antiga conheceu sucessivas ocupações, ditadas pela importância de sua primitiva
enseada.
Por volta de 800 ali existiu um convento sob a invocação de
São Julião, erguido sobre os restos de um antigo templo romano. De acordo com
uma lápide no exterior da capela-mor, o cônsul Decio Junio Bruto consagrou o
primitivo templo, dedicado a Neptuno, deus do mar, pela vitória alcançada
contra os povos que habitavam a área da vizinha "Eburóbriga".
No contexto da formação da nacionalidade, Afonso I de
Portugal (1145-1185) concedeu ao cruzado francês Wilhelmo Lacorne (ou de
Cornes) os domínios da “herdade de Touguia” (1158), área que confrontava com as
de Óbidos e da Lourinhã, como reconhecimento pelo auxílio prestado na conquista
daquela cidade em 1147. Visando incrementar o seu povoamento e desenvolvimento,
o soberano outorgou-lhe foral em 1167. Datará desse momento a edificação do
primitivo castelo.
Trecho 1
-continua-
Etiquetas: Antigamente
sábado, 26 de dezembro de 2020
O PORTO DE TAURIA E A FONTE DE S. LEONARDO
Quando publiquei um escrito acerca do Porto de Tauria
terminei-o afirmando que voltaria ao assunto.
É isso que estou a levar a efeito, neste momento, para
relacionar as duas coisas, ou seja, procurar justificar a importância que, a
denominada Fonte de São Leonardo terá tido na atividade que o Porto de Tauria
provocou em toda a zona do sopé do castelo de Atauria.
Também, em tempo anterior, como pode constatar clicando aqui, fiz uma reflexão acerca da situação daquela fonte, afirmando o meu
lamento pelo estado em que a mesma se encontra.
E este lamento tem o seu fundamento naquilo que penso que
representou, desde sempre, a existência daquele ponto de água potável ali
existente.
O nome de Fonte de São Leonardo datará da altura da
construção da igreja com o mesmo nome, porém, no meu entender, a sua existência
é, certamente, bastante anterior e já terá tido outro nome, porventura, Fonte
da Lagoa, ou Fonte de S. Domingos, para utilizar nomes atribuídos à zona.
Quando o mar chegava aquela zona a área era banhada por água
salobra, uma mistura de água do mar com a água do rio de São Domingos e o fundo
da lagoa estaria a bastante mais de seis metros abaixo do actual leito do rio,
o que leva a crer que a nascente da fonte provocava um fio de água potável que
desaguava na lagoa.
Este fio de água terá sugerido o seu aproveitamento para
provisionar água para a população e para as embarcações fundeadas ao largo,
enfim, para toda a actividade ali desenvolvida.
Portanto a sua história vem de longe, muito antes da
construção da igreja e, daí, que seja provável e existência de outro nome e,
depois, com e edificação da igreja e alguma reparação, feita na época, a
atribuição do nome de Fonte de São Leonardo.
Quando começou o assoreamento do rio o poço de suporte da
água foi aumentando até aos seis metros actuais.
Resumindo, aquela fonte é uma testemunha colaborante em toda
a actividade económica desenvolvida na história da actual Atouguia da Baleia,
primeiro na actividade marítima e, posteriormente, no campo da agricultura.
Portanto, Senhor Presidente da Junta de Atouguia da Baleia,
permita-me que lhe recomende uma olhadela para aquele local, como um elemento
histórico importante da história da sua edilidade, promova a recuperação do
lugar e faça constar a história da sua importância.
Etiquetas: O meu pensamento
terça-feira, 22 de dezembro de 2020
A nossa mensagem
sexta-feira, 18 de dezembro de 2020
O NOVO ASPECTO DO ADRO DA AJUDA
Não estou a referir-me à limpeza das ervas que a Câmara
ou a Junta de Freguesia iniciaram há cerca de dois meses.
Nesse mesmo espaço de tempo a empresa que assumiu a
instalação do novo supermercado Aldi, concretizou o alargamento do Adro da Ajuda, com a
instalação da zona ajardinada que pode ser observada nas imagens que publico.
Devemos, por isso, o nosso reconhecimento à Aldi, que dotou este
local de um aprazível espaço e, consequentemente, deu à nossa cidade uma
pincelada de modernidade.
Etiquetas: O meu pensamento
quarta-feira, 9 de dezembro de 2020
AGORA JÁ ESTÁ!
Não vale a pena chorar por leite derramado, agora urge que,
no imediato mais curto, seja dada satisfação a esta prioridade, e a prioridade
é que seja reposta a homenagem ao pescador, aquela figura que, toda a gente,
respeita, na nossa cidade, mas que, tantos desprezaram.
Estava escrito que algo semelhante aconteceria quando, na
sua concepção, se optou por aquela estrutura frágil e carente de cuidados
permanentes.
É hora de pôr mão na massa.
Etiquetas: Política Local
terça-feira, 8 de dezembro de 2020
O PORTO DE TAURIA
Recomendo a leitura integral do aludido texto na página da Junta da Freguesia, até para que sirva de estímulo a todos nós penicheiros.
“O porto de Tauria era o centro comercial por excelência, de toda esta orla marítima, entre a foz dos rios Douro e Tejo.
Começamos pelo Baleal, alcandorado num maciço de rocha calcária, tipo-lioz, que o contínuo movimento das ondas do mar provocado pela ventania nórdica, ao longo de muitos milénios de anos, desgastou entre a povoação que hoje existe, e as arribas do lado Nascente, também de igual calcário, dando assim ocasião à formação do baixio onde existia a praia de banhos. Várias épocas houve, que neste local da praia, só havia rocha, só vindo a possuir areia depois do assoreamento
Portanto, durante muitos Séculos, o Baleal era uma pequena ilha, junto à costa do lado Norte da entrada da baía-porto de Atouguia, servindo de molhe de abrigo, à navegação que demandava este porto. A partir da ilha do Baleal, caminhando para Sudeste, formava-se um grande estuário-baía em forma triangular, que se prolongava até junto do velho Castelo de Atouguia, e tinha aí seu vértice; partindo depois, e alargando-se até junto do rochedo da actual praia da Consolação, que também abrigava pelo lado Sul da dita baía.
Com a grande ilha "Phenícies" (Peniche) a transformar pelo lado do Oeste toda a zona portuária, eis aqui a razão do seu valor e grandeza.
Foi esta enorme baía-lagoa-porto que desde os alvores da navegação, utilizada pelos homens, servia de ancoradouro obrigatório a toda a marinhagem que se deslocava ao longo da costa Atlântica, fretando, pescando ou comercializando, seus produtos. 0 grande porto natural de Tauria era meta mais que obrigatória, para simplesmente se abrigarem, reabastecer ou comercializar os produtos transportados.
A então grande ilha de "Phenícies", como lhe chamou o cruzado cronista Observo em 1147, quando da conquista de Lisboa, era toda coberta por densa e luxuriante vegetação, com suas reentrâncias naturais facilitando abrigo em qualquer emergência ocasional provocada pelas incertezas traiçoeiras do mar. Todos os predicados dessa maravilhosa costa, eram favores da própria natureza, que o homem ávido de aventuras dela sabia tirar o devido proveito.
TAURIA - O PRINCIPAL PORTO DE PESCA E COMERCIAL DA LUSITÂNIA”.
Nota – Vou voltar
a este tema.
Etiquetas: Antigamente
quinta-feira, 3 de dezembro de 2020
A NOSSA CAMBÔA
Hoje, quando lá estive, o aspecto era este.
Uma terra que tem pedaços destes como oferta da natureza,
deve valorizá-los e, disso, tirar partido, para que os que nos visitam aqui
regressem.
Neste caso, talvez, começando pela reposição da guarita, há
dois anos encaixotada algures num armazém da nossa Câmara.
Etiquetas: Política Local
terça-feira, 1 de dezembro de 2020
O PRIMEIRO DIA DE DEZEMBRO
Foi neste dia de 1640 que, graças à intervenção de um
punhado de valorosos PORTUGUESES, conseguimos ver-nos livres do jugo dos
espanhóis, que, aproveitando a guerrilha entre os portugueses, nos impuseram a
sua autocracia.
Estamos, por isso a viver uma data histórica para o nosso
país e devemos aproveitá-la para ponderar o que se está a passar.
Um dos episódios marcantes do dia que celebramos foi o facto
de os conjurados haveram atirado pela janela um dos traidores da nossa pátria,
o Miguel de Vasconcelos.
Já que estamos a refletir sobre este acontecimento histórico, é oportuno fazer-vos a pergunta face à situação do nosso país e da nossa terra:
QUANTOS MIGUÉIS DE VASCONCELOS TERÍAMOS DE DEITAR PELA
JANELA?
Etiquetas: O meu pensamento
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