quinta-feira, 30 de junho de 2022

 

E A ESPERANÇA MORREU

O texto que abaixo transcrevo não foi lido perante a Assembleia porque o snr. Presidente, aquele que lidera uma instituição de defesa intransigente e decidida dos interesses dos munícipes penicheiros, me concedeu o insignificante tempo de cinco minutos para a apresentação pretendida.

Manifestou assim a elevada consideração que tem pela opinião daqueles a quem, politiqueiramente, diz defender.

Como resultado o texto, que abaixo reproduzo, foi distribuído pelos grupos que constituem a Assembleia Municipal.

(TEXTO DE AFIRMAÇÃO DO CIDADÃO JOÃO AVELAR)

Senhor Presidente

O texto que vos entreguei contém, numa parte, a transcrição do que, sobre o tema, que aqui me traz, está escrito no sítio da Câmara, outra parte é da minha autoria e responsabilidade, que peço licença para ler perante a Assembleia e proceder à sua publicação no meu blogue, que representa como que um livro pessoal de apontamentos, onde vou compilando tudo o que represente o meu ponto de vista sobre o meu concelho.

Assim sendo e considerando que, em tudo o que tenho lido e assistido sob a Reserva da Biosfera da Berlenga/Peniche, nunca vi uma referência a consulta e, porventura, aprovação da Assembleia Municipal de Peniche.

Considerando que foram constituídos, para a reserva, um órgão de gestão/direção e um órgão consultivo, eleitos por agentes escolhidos, sabe-se lá, por quem, por que critérios e com que interesses.

Considerando que o território abrangido pela referida reserva passou a incluir a cidade de Peniche, bem como toda a área de mar abrangida pelo triângulo Peniche(Ponte da Lagoa), Berlenga e Farilhões, conforme mapa incluso. Excluindo, portanto, as freguesias rurais.

E, como munícipe nascido e residente na cidade, considerando-me, por isso, um cidadão indígena da reserva constituída, descendente dos primeiros habitantes da Forninha, atrevo-me a solicitar a V. Exª, os seguintes esclarecimentos:

Que me informe se esta Assembleia tem conhecimento e tomou parte na constituição do que acabo de referir.

 No caso de desconhecimento, perguntaria se V. Exª. entende, como, a mim me parece, que estão a ser ignorados os poderes e direitos deste órgão de soberania.  

A população do Concelho de Peniche tem sido ignorada, ultrapassada e ultrajada por gente que aqui chega e actua como se de uma terra sem lei nem direitos próprios se trate.

E, continuando na minha qualidade de indígena em reserva, agora devidamente sinalizado como tal, até para que os futuros visitantes da dita possam identificar-nos, neste meu caso com uma pena verde, como bom sportinguista, outros usarão uma pena vermelho/sanguíneo, numa afirmação de que nem todos pensamos da mesma maneira.

 E tanto não pensamos da mesma maneira que, bastando analisar o que se tem passado nas últimas décadas, em que se verifica, na minha opinião, um cavalgar de onda no abuso do poder sem regras, se assiste a proibições de uso territorial, agora ainda só no que toca às ilhas adjacentes e ao enclave da Fortaleza, porventura, no futuro, a partir da Ponte da Lagoa.

 Como os autores da escolha territorial deixaram de fora as freguesias rurais, talvez seja esse o território que pensam deixar sob a soberania desta Assembleia.

 Senhor Presidente da Assembleia, solicito-lhe que não veja nesta minha intervenção e atitude, por vezes irónicas, qualquer sentido de desrespeito por este órgão, pelo contrário, esta minha intervenção é fruto do muito respeito que sempre tenho demonstrado pela sua existência e ainda bem que existe, porque será sempre uma garantia da defesa dos interesses da minha terra e dos seus munícipes em geral.

 Será, talvez, uma tentativa mais, de conseguir que haja alguém ou entidade, que ponha ordem neste estado de coisas e que faça o povo de Peniche acordar da letargia ou prolongada sonolência comatosa em que caiu.

 Junho de 2022.

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sábado, 11 de junho de 2022

 

VERTEBRADOS JURÁSSICOS E VERTEBRADOS SEM INTERESSE



O Rotary Club de Peniche e a Arméria – Associação Ecológica, tiveram a oportunidade de, mais uma vez, trazerem à colação dos Penicheiros, um tema de grande importância para a cidade, conseguindo a colaboração do Snr. Dr. Bruno Camilo da Silva, paleontólogo, que  nos presenteou com uma magnífica e entusiasmante palestra sobre o tema “Vertebrados Jurássicos de Peniche”.

O palestrante veio até nós para nos chamar a atenção para o elevado grau de interesse que o nosso território representa no campo da paleontologia, referindo tratar-se de um caso de interesse mundial, que merece ser acarinhado e exibido perante o mundo, desafiando, por isso, a edilidade e restantes entidades, a não perderem a oportunidade de o fazer.

Mais uma vez a representante da edilidade presente referiu, perante os presentes, que irá diligenciar no sentido de que não se perca a oportunidade.

Permita-se-me que, pessoalmente, manifeste a minha indignação e desconfiança perante mais uma afirmação que, me parece, virá juntar-se ao que se passa com o Alto do Trovão e a sua internacional importância no campo da geologia e ao Museu de Peniche que o Snr. António Costa aqui veio encaixotar perante a complacência dos responsáveis pela nossa edilidade e, ainda, do espólio da Gruta da Forninha arrecadado, por alguém, fora da nossa cidade. 




 

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segunda-feira, 6 de junho de 2022

 

BERLENGA E OS SEUS TRUQUES



A necessidade aguça o engenho e os utentes da Berlenga, há já longos anos, usam a prática de aquecer água em embalagens de plástico expostas ao sol.
A pequena construção representada na fotografia, que publico, representa uma marca de esquentador solar.
Fomos, assim, precursores em energias renováveis. 


 

 

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