domingo, 3 de setembro de 2023

 

UMA AMIZADE DE MÃO CHEIA


As fotografias que antecedem este escrito representam um trio de amigos que se entenderam, de forma exemplar, satisfazendo, cada um deles, em todos os momentos que viveram, na construção do que desejavam, a amizade.

Foram muitos anos em que o Lord, ao verificar que o João estava a procurar a roupa apropriada de “faina”, se sentava em local estratégico a aguardar a partida para o encontro com o Baltra, o terceiro elemento desta trilogia bendita.

Principalmente ao fim de semana tínhamos encontro marcado no cais, onde o Baltra estava acostado, farto de esperar pêlos seus amigos.

Partíamos e, após ultrapassado o molhe oeste, entravamos na fase do perfeito relaxe, motor parado e navegando milhas sem fim, bem longe da costa, onde não chegava o condicionalismo do telefone e o desassossego não ia além do piar das aves marinhas.

Por vezes eramos apanhados pelo nevoeiro, tão regular nesta área, e havia que recorrer às tecnologias instaladas e a cargo do João, enquanto o Lorde se instalava no seu posto, que era o mais à proa possível, onde, ao fim da busca de terra firme, o seu rabito confirmava que estávamos no rumo certo.

Foram muitos anos, tantos quão forte esta amizade que se estabeleceu, o trio começou por se desfazer com o desaparecimento do Lord e, lodo após, o João deixou de poder ter a ousadia da repetição das cenas de antigamente, o Baltra está inactivo há cerca de dez anos, permanecendo no quintal da família onde todos os dias nos faz recordar a trilogia bendita.


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