domingo, 21 de junho de 2020

 

NÃO DEIXEMOS QUE UM VÍRUS DESTRUA AMIZADES



A época que estamos a atravessar é a mais estranha que ocorreu nos oitenta e três anos de vida que tenho.

Não bastava já o que, há décadas, vem acontecendo com a inundação da humanidade por conceitos destruidores dos mais elementares suportes do respeito, da solidariedade, da compreensão, da educação e da amizade entre as pessoas, quando, repentinamente e sem indícios de aviso, nos aparece o malvado vírus como acelerador de todo o mal-estar que já vinha acontecendo.

O período de confinamento rigoroso a que estou sujeito, por motivo da idade e do risco que acrescenta o problema de saúde, está a tirar-me o que restava de relacionamento pessoal e a liberdade de me deslocar onde poderia encontrar o conforto da presença de amigos que constituem a garantia da estabilidade emocional do ser humano.

Avalio, por isto, o que se poderá passar a nível do colectivo. Vamos correr o risco de entrarmos na fase de agravamento do salve-se quem puder, já recorrente, e, como consequência, a completa destruição da amizade pelos outros, o mais nobre elemento do relacionamento entre os homens.

Então, vale a pena pensarmos na preservação das bolsas activas das amizades que ainda existem, para que, tão breve quanto possível, as possamos juntar a outras e restabelecer a ordem que o vírus, e não só, querem ver destruída. 



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