quarta-feira, 8 de março de 2023
O MURO IDIOTA
Estou a começar este escrito sabendo que, para deixar claro
aquilo que estou a pensar, terei de ocupar muito do seu tempo, caro leitor,
portanto espero a sua compreensão.
O assunto que hoje me ocupa volta a ser o fosso da muralha e
suas diversas fases, que já não se sabe quantas foram.
As fotografias que antecedem este texto ilustram aquilo que
vou tentar explicar.
E a propósito de explicação comecemos por apreciar a
escadaria monumental construída junto à eclusa, cuja saída é uma ameia da
muralha com 80 centímetros.
A própria eclusa está há anos sem começar a funcionar e sem
qualquer tipo de explicação àqueles que pagaram este aborto sem fim à vista.
Passada a eclusa encravada encontramos uma passagem pedonal,
que mais parece um andaime pendurado na muralha, em vez de a terem feito anexa
à ponte das viaturas, alargando, muito naturalmente, o passeio que a mesma
comporta e deixando a muralha, como deveria ter sido, livre dos penduricalhos
que lhe quiseram associar.
Entretanto deslocaram milhares de toneladas de lodo para 20
metros ao lado e, hoje, 80% dele já escorregou para o lugar de origem.
Chegados que somos à ponte que liga a passagem da muralha do
antigo campo de futebol à área da saudosa Frigorifica, deparamo-nos com uma
plataforma flutuante, já em estado de degradação, sem que lhe tenha sido
atribuída qualquer função.
Finalmente, quando da reparação do arruamento que liga o
quartel dos Bombeiros à antiga Frigorífica, ladearam-no parcialmente por um
muro cujo sentido ainda não consegui compreender, que tanto pode ser a réplica
de um tal denominado “da Vergonha”, como a personificação da idiotice de quem
tem a incumbência de pensar o que fazer do fosso da muralha.
Senhor Presidente da Câmara, como munícipe interessado pelas
coisas da minha terra, solicito-lhe que suspenda a equipa que está encarregue
de pensar o nosso FOSSO DA MURALHA porque, se trata de um local onde deve ser
espelhada a primeira boa impressão a quem nos visita e, tal como estão as
coisas, não me parece que lá chegaremos.
Deixando tudo como está pode ser que venhamos a ter a sorte de nos calhar, no futuro, alguém que viva esta terra como sendo sua e não alguém que aqui vem defender os interesses de outro alguém.
Etiquetas: O meu pensamento
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