quinta-feira, 11 de abril de 2024

 

PROVÁVEL ORIGEM DA RENDA DE BILROS (Segunda fase)



Peniche terra de mar teve o privilégio de receber a visita de mercadores de várias origens que, no seu interesse de mercadores, trocavam os seus hábitos por conhecimentos locais, factos que ocorreram por volta dos séculos VIII a XIII.

Terá sido este interesse comum que permitiu a troca de saberes nos quais se enquadram as rendas e o facto de possuirmos um porto de mar deu vantagem a que, mais facilmente, houvéssemos tido a oportunidade de ver cumprir-se o velho ditado de que “ONDA HÁ REDES, HÁ RENDAS.

Estes mercadores, tanto Fenícios como Árabes poderão ter sido os mensageiros e promotores da introdução deste nosso artesanato, sendo que, conta a história, já em finais do século XVI se fabricavam rendas de bilros em Peniche, como consta através de dote de casamento que incluíam lençóis, travesseiros e almofadas em renda de bilros, bem como nas pinturas de Josefa de Óbidos, à época, foram incluídas as rendas como objecto da sua expressão artística.

No século XVIII o governador da Praça Militar de Peniche, o general inglês Richard Blunt, incentivou a Câmara local a, procedendo de várias formas, desenvolver o nível local, nomeadamente, incentivando a urdidura das rendas de bilros.

Em boa verdade a Câmara aproveitou a ideia e instituiu uma escola de educação de meninas para as habilitar num conjunto de tarefas domésticas, estava-se na época de 8 de Abril de 1815.

Foi, mais uma vez, através do governador da Praça Militar de Peniche o brigadeiro José de Barros e Alvim e por interesse de sua esposa de nacionalidade Argentina, que, apreciando a rusticidade e beleza das rendas terá sido uma protectora das rendilheiras mais pobres, ao ponto de, já após a saída do casal da nossa terra, haver promovido a sua apresentação a concursos e exposições internacionais, onde conseguiram a atribuição de menções honrosas.

(VOLTAREI A PUBLICAR A TERCEIRA FASE)

 

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