segunda-feira, 25 de agosto de 2014
A NOSSA FORTALEZA
A nossa fortaleza foi
mandada construir, por D. Manuel I, com a nobre missão de defender esta região
do país dos ataques da pirataria, que então subjugava o oceano. A sua
construção, porém, só foi começada por D. João III (1557), e o acabamento da
primeira fase em pleno reinado de D. Sebastião (1570).
Passou os sessenta anos de
domínio espanhol, época em que, apesar de tudo, foi contemplada com algumas
melhorias e após a restauração do poder português, a partir de 1640 no reinado
de D. João IV e sob a orientação de D. Jerónimo de Atayde foram concluídas as
obras das defesas do forte, decorria o ano de 1645.
Voltou no entanto a ser
ocupada, numa rendição sem glória, pelo general Junot, durante as invasões
francesas,
No início do século XX
serviu de albergue aos Bóeres (sul-africanos de origem holandesa que, depois de
terem sido derrotados pelos sul-africanos de origem inglesa, pediram asilo a
Portugal. (1900/1902).
Depois de em várias épocas
haver servido de cárcere ao serviço da monarquia acabou por ser, novamente,
subjugada pelo estado novo que a transformou em prisão política durante 40
anos.
Com a revolução de Abril
viu-se livre do ferrete de prisão política e foi transformada, ao longo de 10
anos, em albergue dos desterrados da guerra colonial e da vergonhosa descolonização.
Se considerarmos todas as
vicissitudes porque passou a nossa fortaleza, parece que seria tempo de a
população de Peniche beneficiar daquele espaço como logradouro ao seu serviço e
das suas actividades culturais e de lazer.
Assim não acontece, há a
vontade expressa de a manter degradada como está, onde pairará a tal negociação
para nela se instalar uma pousada? Agora é o domínio do Partido Comunista que
continua a esbulhar-nos a liberdade de utilização do que é nosso.
Etiquetas: Fortaleza
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