sábado, 2 de janeiro de 2021
CASTELO DE ATOUGUIA DA BALEIA (2)
No reinado de Sancho I de Portugal (1185-1211), a povoação
recebeu novo foral (1187), altura em que já se menciona esta estrutura militar,
bem como se alude à necessidade de o sistema defensivo integrar as atalaias
dispersas pelo concelho. Embora se desconheça como teria sido esse primitivo
castelo, dado que as estruturas remanescentes já são posteriores ao século XII,
acredita-se que fosse conforme os pressupostos românicos, com cerca a limitar
um pátio interior, em cujo centro, isolada, se elevaria uma torre de menagem.
No mesmo reinado, vindo todos os frades do Convento de São Julião a falecer de
peste, o património deste foi incorporado ao Mosteiro de Alcobaça (1191).
Afonso II de Portugal (1211-1223) confirmou o foral da
povoação (Santarém, 1218).
Dinis I de Portugal (1279-1325) doou a vila e a sua
alcaidaria à sua esposa, a rainha Santa Isabel, o que permite uma aproximação
cronológica - embora puramente dedutiva - para a renovação do seu sistema defensivo,
que deveria alargar-se ainda ao vizinho paço da Serra de El-Rei, a cerca de 5
quilómetros de Atouguia. Neste período Atouguia ganhou uma feira anual no dia
de seu orago, São Leonardo (6 de novembro), alcançando o auge de seu movimento
marítimo, onde a par da atividade pesqueira, desenvolveu-se a de construção
naval. A atividade de fomento ao povoamento e à defesa sob este reinado, assim
como a ameaça representada ao litoral português pelos piratas oriundos do Norte
d’África, corroboram a hipótese de que as defesas da Atouguia e seu castelo
tenham conhecido reforço e melhorias.
Posteriormente, sob o reinado de Fernando I de Portugal
(1367-1383) aqui tiveram lugar Cortes Gerais (1373 ou 1376), o que comprova a
sua importância à época.
Trecho 2
-continua-
Etiquetas: Antigamente
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