domingo, 12 de dezembro de 2021

 

QUE FUTURO PARA A NOSSA TERRA


Começamos a nossa existência, enquanto povo, condicionados pela nossa situação geográfica, o mar que nos abraça foi a solução encontrada para a nossa sobrevivência, enquanto semi-ilhéus, e foi com ele que resolvemos a dificuldade, que então existia, de nos ligarmos aos povos vizinhos, na natural troca de produtos essenciais à vida.

A felicidade de a natureza nos proporcionar o acesso a um bem necessário e procurado pelos outros povos, o pescado, constituiu, desde sempre, a nossa tábua de salvação.

Enquanto o manancial oferecido pela mãe natureza foi suficientemente abundante para cobrir todas as ambições, ele deu cobertura à satisfação de todas as nossas necessidades e conseguimos alcandorar-nos a uma posição de destaque nacional nesta nossa actividade, porém, fomos deixando de pensar na nossa evolução futura e, como consequência do desnorte e incompetência daqueles que no pós 25 de Abril assumiram as rédeas da orientação do sector local das pescas , temos vindo a decair na nossa posição cimeira.

Havia, portanto, que reagir a esta situação e, ao contrário do acontecido noutras paragens, o sector não se reorganizou e nem sequer a autarquia puxou pela sua reconversão, veja-se que não foi aproveitada a abundância de frio disponível com o fecho de empresas de comercialização ligadas ao sector, no sentido de incentivar as organizações de produtores a promoverem essa reorientação, com vista a garantirem melhor rendimento aos homens que sempre labutaram nele e, assim, incentivarem a chegada de novos operacionais.

A tal situação geográfica e o isolamento que provoca, brindou-nos, em jeito de compensação, com várias belezas naturais, veja-se o caso da nossa ilha, que, se bem exploradas e enquadradas seriam um bom complemento da nossa actividade principal, mas, nem aqui, soubemos encontrar a forma de coordenar o bem que nos ofereceram, deixamos sempre que seja gente estranha, por vezes avessa aos nossos interesses, a ocupar a verdadeira liderança do que é nosso.

Como conclusão, parece haver entre nós algum sentimento estranho, já nascemos desiludidos, entregamo-nos, facilmente, nas mãos de  intrusos que aqui chegam e começam a liderar situações que nos compete resolver, sem que haja o mínimo de reação da nossa parte.

Vamos Peniche, vamos Penicheiros, VAMOS JUVENTUDE DA NOSSA TERRA, é tempo de assumirmos o nosso lugar.

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