quinta-feira, 13 de novembro de 2008

 

A MAGNA CARTA VISTA POR UM LEIGO




A magna carta é um documento que procura definir a estratégia de desenvolvimento para Peniche até ao ano de 2025.

Procurei, na minha qualidade de leigo em matéria de estratégia, perceber o que é que as pessoas eruditas têm para nos apontar.

Percebi que foram estabelecidos três vectores de abordagem:
Mar de Peniche – Inovação e Competitividade
Peniche Cidade – Qualificação Urbana e Integração Regional
Peniche Solidário – Coesão Social e Territorial

Neste momento vamos apreciar o primeiro vector – Mar de Peniche.

Pretende-se que Peniche seja considerada “Porta de Mar”, integrada na Estratégia Nacional do Mar, vocacionando-se para actividades turísticas, culturais, desportivas e de recreio e lazer ligadas ao mar. Deve procurar-se fixar instalações culturais e científicas relacionadas com o mar, situando-se na linha da frente e em estratégia pró-activa, salvaguardando e valorizando os recursos marinhos.

Para que este objectivo possa ser atingido estabelece-se o seguinte programa de actuação:

Afirmar Peniche como Centro Náutico de Excelência.
Posicionar Peniche como Centro de Excelência de Surf.
Valorizar, diferenciar e qualificar a oferta turística de Peniche.

Restam-nos 17 anos para atingir o pretendido grau de excelência. Assim sendo é urgente que façamos o ponto de situação de algumas frentes que estão imediatamente ligadas aos objectivos a atingir.
a)- CLUBE NAVAL DE PENICHE E MARINA – O Clube Naval está neste momento em perfeito estado de abandono, com perda de interesse junto da população que devia servir. Esta situação, atribuível em grande parte a quem o tem conduzido nos últimos anos, não serve o interesse de Peniche nem contribui para o objectivo agora estabelecido na magna carta. É certo que a indefinição do local onde se deverá situar a sua nova instalação, quanto a mim onde está seria a ideal, tem permitido o deixa andar em que tudo está. A existência de um clube eficiente e activo é fundamental no futuro, numa terra que pretende ser “Porta de Mar”. Quanto à marina estamos na mesma indefinição, pois o que existe também não serve os objectivos a atingir.
b)- FIXAÇÃO DE INSTALAÇÕES CULTURAIS E CIENTÍFICAS RELACIONADAS COM O MAR – Mais uma situação que devemos procurar concretizar. Não há terra marítima ao longo do nosso litoral que mais o justifique, quer pela nossa importância como porto de pesca, quer pela nossa situação geográfica, a meio do país, quer pelo local natural onde tudo pode ser desenvolvido. Refiro-me, evidentemente, à nossa fortaleza que já deveria ter definido em plano global de utilização, como tenho sugerido, os espaços necessários para este, como para outros efeitos.
c)- SALVAGUARDA E PRESERVAÇÃO DOS RECURSOS MARINHOS – A nossa vocação de povo virado e dependente do mar obriga-nos a que apoiemos e dediquemos à salvaguarda dos recursos marinhos o nosso melhor e, com isso, assegurar o futuro. Todo o apoio que pudermos destinar ao estudo e preservação dos recursos será a nossa actual obrigação para garantia do futuro dos nossos vindouros. A fixação em Peniche de entidade científica e fiscalizadora, dedicada ao estudo e preservação dos recursos marinhos seria ouro sobre azul, só assim garantiremos a nossa sobrevivência como povo autónomo, fugindo à dependência de terceiros.

Novembro de 2008.



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