terça-feira, 8 de dezembro de 2020

 

O PORTO DE TAURIA

Começo este meu escrito pedindo desculpa à Junta de Freguesia de Atouguia da Baleia pelo facto de ir utilizar uma parte do texto onde nos é dado conhecimento da importância que sempre tivemos, graças à situação geográfica que a natureza nos proporcionou e que não estamos, neste momento, a saber valorizar.

Recomendo a leitura integral do aludido texto na página da Junta da Freguesia, até para que sirva de estímulo a todos nós penicheiros.

“O porto de Tauria era o centro comercial por excelência, de toda esta orla marítima, entre a foz dos rios Douro e Tejo.

Começamos pelo Baleal, alcandorado num maciço de rocha calcária, tipo-lioz, que o contínuo movimento das ondas do mar provocado pela ventania nórdica, ao longo de muitos milénios de anos, desgastou entre a povoação que hoje existe, e as arribas do lado Nascente, também de igual calcário, dando assim ocasião à formação do baixio onde existia a praia de banhos. Várias épocas houve, que neste local da praia, só havia rocha, só vindo a possuir areia depois do assoreamento

Portanto, durante muitos Séculos, o Baleal era uma pequena ilha, junto à costa do lado Norte da entrada da baía-porto de Atouguia, servindo de molhe de abrigo, à navegação que demandava este porto. A partir da ilha do Baleal, caminhando para Sudeste, formava-se um grande estuário-baía em forma triangular, que se prolongava até junto do velho Castelo de Atouguia, e tinha aí seu vértice; partindo depois, e alargando-se até junto do rochedo da actual praia da Consolação, que também abrigava pelo lado Sul da dita baía.

Com a grande ilha "Phenícies" (Peniche) a transformar pelo lado do Oeste toda a zona portuária, eis aqui a razão do seu valor e grandeza.

Foi esta enorme baía-lagoa-porto que desde os alvores da navegação, utilizada pelos homens, servia de ancoradouro obrigatório a toda a marinhagem que se deslocava ao longo da costa Atlântica, fretando, pescando ou comercializando, seus produtos. 0 grande porto natural de Tauria era meta mais que obrigatória, para simplesmente se abrigarem, reabastecer ou comercializar os produtos transportados.

A então grande ilha de "Phenícies", como lhe chamou o cruzado cronista Observo em 1147, quando da conquista de Lisboa, era toda coberta por densa e luxuriante vegetação, com suas reentrâncias naturais facilitando abrigo em qualquer emergência ocasional provocada pelas incertezas traiçoeiras do mar. Todos os predicados dessa maravilhosa costa, eram favores da própria natureza, que o homem ávido de aventuras dela sabia tirar o devido proveito.

TAURIA - O PRINCIPAL PORTO DE PESCA E COMERCIAL DA LUSITÂNIA”.

Nota – Vou voltar a este tema.

 

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