terça-feira, 25 de abril de 2023
O 25 DE ABRIL E A MINHA TERRA
Vamos procurar fazer uma análise, o quanto desapaixonada
possível, dos efeitos que a “Revolução dos Cravos” teve, ou não, em dois campos
de actividade local.
NA POLÍTICA – Estamos entregues a um conjunto de acomodados
cuja actividade tem tendido mais em fazer reflectir a defesa de interesses
alheios do que, como se impunha, pugnar pela defesa dos interesses locais.
Veja-se o facto de nos surripiarem a utilização da NOSSA FORTALEZA, o encaixotamento
do nosso MUSEU, o desaparecimento, enquanto tal, do nosso hospital, o fecho da
Nau dos Corvos, o desaparecimento de uma sala de espectáculos como foi o Cinemar,
a queda da importância da nossa actividade piscatória, a entrega da Berlenga
aos interesses externos, o fosso da muralha e a incógnita do que ainda aí virá,
o forte da Consolação, a ocupação prevista do último espaço natural do
concelho, o monumento ao pescador, etc. etc.
NA ACTIVADADE CÍVICA – Constituímos um grupo de resignados,
vítimas de um amorfismo endémico, que leva a não reagirmos àqueles que nos tem
prejudicado e tem provocado o retrocesso que se regista, parecendo que temos de
estar gratos a alguns dos perversos políticos que nos conduziram à situação em
que nos encontramos.
Usando um dito comum, não foi para isto que se fez o 25 de
Abril e, se foi, ainda bem que, de alguma forma, para alguns, se corrigiu sete
meses depois.
João Avelar
Etiquetas: Política Local
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