quinta-feira, 17 de junho de 2021
POCINHO E A SEGUNDA VAGA DE ASSALTO
A fotografia que encima este escrito será representativa do
que foi a actual Rua da Alegria nos princípios do século dezanove.
Ela mostra o muro de vedação da propriedade onde foram, entretanto,
construídos o Bairro da Exportadora e foi aberta a rua que começou por dar
acesso à Fábrica do Algarve Exportador e bairro de habitação dos seus operários
e, de seguida, ao Bairro dos Pescadores.
Porquê a sua apresentação, tem a ver com o título deste
escrito dado que está em curso a segunda tentativa de usurpação de 50% da área
do actual Largo do Pocinho.
Ora, consta que o actual proprietário do antigo Bairro da Exportadora
alega que está a ocupar o que foi comprado com base numa escritura, mas, ao que
parece, não tem em conta a área que, porventura, terá sido expropriada com a
abertura da rua antes referida e quer, agora, usurpar aquilo que sempre foi
lugar público.
O senhor proprietário deve saber que, cerca de 10/15 metros
afastado da escada de acesso à zona de sótão da sua propriedade estão
enterrados os restos de uma fonte pública, a que deram o nome de Pocinho, onde
o povo da área se abastecia de água e lavava a sua roupa, aliás, como nas
fontes da Nora, Rosário e Boa.
Infelizmente tivemos autarcas insensíveis que, porventura, por
interesses alheios ou incúria, deixaram que desaparecesse aquele marco
histórico.
Voltando ao Largo do Pocinho e à vedação que, pensava eu,
seria para estaleiro da obra, verifico que está a ser aberto alicerce para
implantação de muro definitivo. E porquê exactamente ladeando a zona asfaltada pelo
actual Presidente da Câmara, enquanto Presidente de Junta.
Esta zona foi construída, há muitos anos atrás, para
facilitar acesso de camiões à antiga fábrica existente e, posteriormente antigo
armazém do Snr. Minó, não representa o respeito por qualquer limitação.
Já debati, neste blogue, o meu parecer, como pode ver aqui e também aqui, a história vem de longe e renasce, sempre, com os mesmos personagens.
Vou aguardar futuros acontecimentos, não está nos hábitos do
Povo de Peniche tomar posição sobre a defesa dos interesses da sua cidade e é,
por isso, que qualquer paraquedista que aqui apareça faz o que muito bem lhe
apetecer.
Etiquetas: Política Local
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