terça-feira, 21 de fevereiro de 2017
SE FOR PRECISO MAIS, A SEGUIR SE VERÁ
Depois do que tenho dito sobre esta matéria e todos os acontecimentos já passados, incluo um texto, publicado na imprensa diária, que constitui mais uma sessão da novela que está a ser urdida para levar a água ao moinho do Partido Comunista.
Vocês Penicheiros, continuem como meros espectadores e depois lamentem-se de que esta Terra não chega a lado nenhum.
CONTINUO A DIZER QUE ISTO SÓ LÁ VAI COM ACÇÃO, DEIXEM-SE DE COMODISMOS
Partidos fora do grupo de
trabalho que estuda soluções para Fortaleza de Peniche
20/2/2017, 18:08
As forças políticas locais
de Peniche ficaram excluídas do grupo consultivo criado pelo Ministério da
Cultura para definir soluções futuras para a Fortaleza de Peniche.
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Agência Lusa
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PENICHE
PAÍS
As forças
políticas locais de Peniche ficaram excluídas do grupo consultivo criado pelo
Ministério da Cultura para definir soluções futuras para a Fortaleza de
Peniche, disseram esta segunda-feira os vereadores do PS e PSD na câmara
municipal.
O vereador do
PSD Filipe de Matos Sales disse à agência Lusa que, “ao
contrário do que foi deliberado por maioria na câmara em dezembro, a inclusão
de eleitos das três forças políticas representadas na câmara, desde a segunda
reunião do grupo de trabalho que os partidos deixaram de poder assistir às reuniões.
“
Para o
social-democrata, esta exclusão das forças políticas “não
faz sentido”, defendendo que os “interesses da
comunidade de Peniche não estão representados”. O PSD remeteu uma carta
ao ministro da Cultura a contestar a decisão.
O vereador do
PS Jorge Gonçalves reconheceu à Lusa que o “Governo tem
vontade política para encontrar soluções para aquele espaço”, mas admitiu que
deixar os três partidos de fora do grupo de trabalho “não foi solução do ponto
de vista político a nível local”.
Penso
que se tirou operacionalidade ao presidente da câmara, porque não pode
assegurar uma posição imediata no grupo de trabalho sem ouvir primeiro os
vereadores das outras forças políticas”, explicou.
O presidente
da câmara, António José Correia (CDU), esclareceu que a
sugestão de incluir as três forças políticas no grupo consultivo “não foi
aceite pelo Ministério da Cultura”, mas afirmou que, “enquanto presidente da
câmara, vai representar as várias forças políticas, por isso, não estão
excluídas”, porque a sua posição “será sempre legitimada primeiro pela maioria
da câmara”.
Contactado
pela Lusa, o Ministério da Cultura esclareceu que “sendo uma matéria de
interesse nacional, mas também de grande importância para a população de local,
o Ministro Luís Filipe Castro Mendes considerou útil alargar o debate e incluir
uma representação formal da Câmara Municipal de Peniche”, mas nunca foi
intenção alargar o grupo à vereação da câmara ou à Assembleia Municipal.
Contudo, existe “disponibilidade para
receber também contributos escritos de personalidades ou organizações que
pretendam fazê-lo”.
O Grupo
Consultivo do Forte de Peniche é presidido pela diretora-geral do Património, Paula
Silva, e nele têm assento diversas entidades. Até abril, deverá apresentar uma
proposta sobre os “usos possíveis para a fortaleza”.
À entrada para a primeira reunião, em
janeiro, o ministro da Cultura Luís Castro Mendes frisou que o grupo irá procurar
uma solução que “satisfaça o dever de memória que temos em relação a Peniche”,
não descorando que possa vir a acolher, por exemplo, um hotel.
Num relatório
sobre o estado de degradação da fortaleza de Peniche, a que a agência Lusa teve
acesso no final de 2016, a autarquia estimava em 5,5 milhões de euros as
intervenções consideradas urgentes para pôr face ao avançado estado de
degradação e evitar a eventual ruína, “que já se verifica ou está iminente”, de
partes da Fortaleza afetas à antiga prisão política até abril de 1976, que
estão fechadas e devolutas há várias décadas.
A Fortaleza
de Peniche foi uma das prisões do Estado Novo, de onde se conseguiram evadir
diversos militantes, entre os quais o histórico secretário-geral do PCP Álvaro
Cunhal, em 1960, protagonizando um dos episódios mais marcantes do combate
àquele regime ditatorial.
Etiquetas: Fortaleza
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017
AOS OITENTA ANOS
Quando se chega a esta idade,
para além de nos darmos por felizes por aqui chegar, ganhamos uma certa
distância sobre tudo o que nos rodeia e vamo-nos apercebendo de situações,
actuais e passadas, que nos levam a ver o mundo com outros olhos, ou melhor, os
olhos são os mesmos, mas as lentes dos óculos tornam-se mais claras, as imagens
que focam são mais nítidas, porque há mais tempo para as fixar.
Então, apercebemo-nos de situações
que nos deixam abismados e, por vezes, até indignados. Concluímos que, eivados
de boa fé, embarcamos em determinados “cantos de sereias”, fizemos de escadote
para alcandorar alguns imbecis a determinados lugares, tomamos posições
desinteressadas que acabam por ser aproveitadas, desonestamente, por terceiros,
tudo o que vimos fazer, à nossa volta, foi sempre no sentido de ser atingido o
interesse de alguém e nunca o objectivo que se evoca, o colectivo.
Resta-nos o descanso de
consciência de que não o fizemos por conivência com a desonestidade, mas sempre
fomos movidos pela nossa boa fé. E assim sendo podemos, sempre, encarar aqueles
que se serviram, os conhecidos “chicos espertos”, olhá-los nos olhos e, na
cara, pespegar-lhes o que nos vai na alma.
Numa noite de tempestade a
melancolia do tempo conduz-nos, por vezes, a estes estados de alma, que resolvi
passar a escrito para que alguém, ainda no reboliço da juventude, aproveite o
que veio à memória de um velho.
Etiquetas: O meu pensamento
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017
UMA REFLEXÃO
Quando se passam décadas a ser governados por gente que
se faz eleger na base de promessas que, a partir do dia da eleição, não mais
são cumpridas e até, em muitos casos, se faz exactamente o contrário.
Quando, durante a prática dos mandatos, se compensam as
amizades com favores que prejudicam a colectividade.
Quando os nossos eleitos, após o acto eleitoral, passam a
desconhecer os eleitores e não se preocupam em dar satisfação dos actos que
praticam, actuando como donos da quinta cuja administração lhes foi confiada.
Quando, deliberadamente, os interesses do colectivo são
renegados a favor dos partidários.
Quando a imprensa em geral abandona o seu dever de defesa
e esclarecimento da verdade e envereda por pôr em prática a propaganda, através
de meia dúzia de medíocres pensadores, dos interesses de alguns em detrimento
do interesse colectivo.
Não vejo, sinceramente não vejo qual é a admiração que o
Povo Americano tenha feito a escolha que fez e agora se augura para França.
É que, quando chega a altura de dizer basta, já estamos
por tudo e dispostos a dar a volta necessária, sem a reflexão desejável.
Então, agora vamos reflectir de que lado estão os “bons e
maus”, que é como quem diz se a causa deve ser atribuída aos populistas, como
se generaliza, ou àqueles que os antecederam, que provocaram este estado de
espírito, nos tais eleitores que estão pelos cabelos com todos eles.
Etiquetas: Política
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