terça-feira, 27 de junho de 2017
A FALTA DE AREIA NA PRAIA DA CAMBÔA
(CARTA ABERTA)
AO CUIDADO DOS SNRS, PRESIDENTE E VICE-PRESIDENTE
DA CÂMARA MUNICIPAL DE PENICHE
Excelências
O assunto que me leva a ocupar-lhes um pouco do vosso
precioso tempo tem a ver, mais uma vez, com a falta de assoreamento da praia da
Cambôa.
Esta falta põe em risco um dos acessos a Peniche e toda a
muralha que vai desde o portão de Peniche de Cima até à Praia do Quebrado.
Não vou, agora, repetir aquilo que sobre o assunto tenho
dito ao longo de muitos anos, mas,
perante a fotografia que acima publico e que encontrei
recentemente, ouso ocupar a vossa atenção, fazendo as seguintes observações:
a) - Esta foto será da época em que ainda existiam, os
canos de esgoto das fábricas do Fialho e Exportadora, bem como a rampa do
salva-vidas e os barcos estacionavam ali ao lado.
b)
- Eram estes elementos que provocavam a acumulação da areia que se observa na
foto.
c)
– Foi a partir do desaparecimento daquelas infraestruturas que a corrente das
águas passou a fazer-se entre os viveiros e a casa do salva-vidas, o que
provocou a desgraça que ali de verifica.
Desculpem,
meus senhores, mais esta maçada, mas, depois de já haver descrito isto de
várias formas e até já ter conseguido fazer um desenho, sem que me tenha
apercebido de que haviam compreendido o facto, voltei a aproveitar esta nova
circunstância.
Etiquetas: Camboa e Quebrado
quarta-feira, 21 de junho de 2017
QUANDO UMA DESGRAÇA NOS ALERTA
O que se está a passar com a onda de fogos no país deve
alertar-nos para situações que, em nossa casa, estão latentes, mas podem
acontecer, esperando apenas a oportunidade de se conjugarem as circunstâncias
que levem a que a desgraça, também, nos bata à porta.
A configuração geológica da nossa terra, como península,
fruto do fenómeno que levou à sua formação, apresenta um elevado índice de
vulnerabilidade, motivado pelo estado da preservação do nosso tômbolo, que tem
sido vítima de toda a espécie de atropelos, ao não cuidarmos da preservação do
cordão dunar a norte e com a abertura de novas docas a sul.
Para além disto, continuamos a instalar na parte mais vulnerável
tudo o que, em termos de socorro à população e dos meios operacionais que
dispomos, quartel dos bombeiros e armazéns da Câmara.
Como já tem sido referido, ao longo de muitos anos, o nosso
molhe oeste não oferece as condições de segurança que todos pensamos, veja-se
que já esteve pensada a construção de uma lomba de rebentação para compensação
da sua patente vulnerabilidade, acabando, economicamente e em jeito de tapa
olhos, por lhe ser efectuada uma recarga de tetrápodes.
E se as tais circunstâncias se conjugarem? Como estamos bem
em cima de uma falha geológica, lembram-se dos argumentos impeditivos que foram
usados quando pretenderam instalar-nos uma central nuclear em Ferrel, o que
poderá acontecer se, fruto de um abalo sísmico se gerar um tsunami nesta zona?
Naturalmente que a primeira zona a ser arrasada será a prageira e, com ela, o
quartel dos bombeiros, os armazéns da Câmara e todo o restante equipamento da área.
Resta-nos, felizmente, o nosso bem equipado hospital.
Uma lição que, espero, seja retirada da catástrofe dos fogos
é que NÃO É EM TEMPO DE GUERRA QUE SE LIMPAM AS ARMAS.
Etiquetas: Política Local
domingo, 11 de junho de 2017
A PROMISCUIDADE
Agora que estamos entrando em época pré-eleitoral, onde
todos prometem o céu e a lua, deixo um alerta a todos os que se propõem zelar
pelos interesses da minha terra, qual seja, a promessa de acabar com a promiscuidade
entre os assuntos que, verdadeiramente, respeitam os interesses da minha terra
e os de agrupamentos de pessoas e instituições, como se tem verificado ao ponto,
de muitas vezes, não se perceber se os nossos eleitos estarão ao serviço desta
nossa cidade.
A credibilidade dos princípios, a isenção das decisões e a
defesa intransigente dos interesses da nossa cidade são, como todos sabemos, um
dever fundamental de quem se propõe zelar pelo bem comum, pois, o contrário
está na base de falta de credibilidade da classe política.
Ninguém é forçado a aceitar o cargo a que, porventura, se
proponha, logo, será uma questão de honradez o seu correcto comportamento.
A nossa cidade precisa de gente que olhe por ela, para que
possamos sair desta era de retrocesso que vimos percorrendo.
Etiquetas: Política Local
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