domingo, 8 de junho de 2025
BERLENGA - 50º ANIVERSÁRIO
Aqui estou, correspondendo ao convite da Direcção da
Associação, convite que me deixou emocionado, após tantos anos sem contacto
convosco.
Peço-vos desculpa pelo tom de voz, pelo facto de usar uma
cadência pausada e estar a ler o que vos pretendo dizer.
Consequência dos 88 anos de existência a que corresponde uma
memória em permanente falibilidade.
Comemoramos cinquenta anos desde o acontecimento que motivou
este ciclo de vida da AAB e que em jeito de preâmbulo vos conto.
Estávamos num Sábado à tarde no posto náutico do CNP quando
o Joaquim Maçãzinha nos transmitiu que, mais uma vez, havia sido assaltado o
Forte da Berlenga. encerrado há uns anos da sua missão de anfitrião de uma
pousada nacional.
A consternação dos presentes foi grande e lembrou-nos a
ocorrência de, em vários pontos do país, a ocupação selvagem de vários
estabelecimentos semelhantes, fruto da desorganização política em que o país se
encontrava.
O grupo foi comentando o acontecido entre o núcleo
frequentador da Berlenga como ocupação dos seus momentos de lazer.
Esta preocupação foi-se adensando e motivou a necessidade de
se tomarem medidas que salvaguardassem o forte de situação semelhante.
Analisados os factos foi decidido que não usaríamos o método
corrente no país, isto é, tomarmos conta do imóvel pela via do assalto.
Decidiu-se solicitar uma audiência à Secretaria de Estado do
Turismo e, na oportunidade, expusemos que não permitiríamos que o nosso forte fosse
ocupado por gente estranha aos interesses da nossa cidade.
A Secretaria de Estado anunciou que estariam dispostos em
colaborar connosco desde que tivéssemos o acordo da autarquia local.
Obtida que foi a prestimosa colaboração da autarquia,
através da sua comissão administrativa, foi-nos concedida autorização para
apresentarmos o nosso projecto de utilização.
Nasceu assim a “Casa Abrigo” a funcionar como um parque de
campismo em que os utentes utilizavam os quartos servindo-se do mobiliário
existente e sem roupas, utilizavam a cozinha da pousada onde cada quarto tinha
o seu local demarcado, contavam com um almude diário de água potável e podiam
comprar o trivial num minimercado abastecido e explorado pela comissão.
Feita um pouco da história do nascimento da nossa associação
deixo à consideração de cada um a avaliação do trabalho que tudo isto exigiu e
da colaboração de um elevado número de verdadeiros amigos da Berlenga, cujos
nomes omito propositadamente para não fazer distinções.
Alguns anos depois, estávamos nos anos de presidência da câmara
do comum amigo Luiz Almeida e a propósito da visita do então Presidente da
República, General Ramalho Yanes, quando das importantes feiras do mar que em
Peniche se organizaram, houve a oportunidade de falar da Berlenga e da
necessidade de lhe proporcionar meios de desenvolvimento controlado.
Foi, por isso, atribuído e decretado o estatuto de Reserva
Natural, porém, a câmara municipal, com o sentido de preservar e defender o
melhor possível os interesses de Peniche e dos penicheiros, donos do território,
entendeu que, do conselho da reserva criada, fizessem parte permanente um
elemento indicado pela câmara e outro pela associação dos amidos da Berlenga.
E, durante vários anos, estes elementos tiveram a
oportunidade de ir impondo e defendendo os interesses da nossa terra.
Porém, para infelicidade nossa, os presidentes que se
seguiram, por motivos de vaidade pessoal, porque entendiam que eles é que sabiam
tudo, e obediência política a interesses externos, foram abdicando da
vigilância e defessa dos interesses da nossa cidade e dos seus habitantes, numa
atitude serventual de interesses que nos são alheios.
Neste momento estamos a passar por uma das habituais fases
de incursão de mais uma tentativa de passar por cima de Peniche e dos
penicheiros, espero, que o habitual amorfismo dos penicheiros, que têm deixado
que os espezinhem constantemente, não resulte e que haja um grupo que saiba
impor a defesa dos nossos interesses.
Cabe à Associação dos Amigos da Berlenga dar o mote, eu, estou velho e cansado, mas, se o grupo precisar, cá estarei."
Etiquetas: Berlenga
terça-feira, 6 de maio de 2025
A MINHA TERRA EM IMAGENS
sexta-feira, 25 de abril de 2025
ABRIL E O PAPA FRANCISCO
Não podemos deixar de recordar esta data, em especial, na parte em que ela mais se aproximou dos desígnios que marcaram o pontificado daquele por quem estamos vivendo um dia de luto.
O PAPA FRANCISCO.
Etiquetas: O meu pensamento
segunda-feira, 24 de março de 2025
24 MAR 2025 - Trump desmascarado
Etiquetas: Política
terça-feira, 25 de fevereiro de 2025
O ANIVERSÁRIO MAIS TRISTE DO ROTARY CLUB DE PENICHE
Passam hoje 46 anos após a entrega da carta constitucional,
por Rotary Internacional ao, então, jovem clube, o Rotary Club de Peniche, que
um grupo de penicheiros entendeu ser útil que existisse em Peniche.
Hoje é o aniversário mais triste que sempre teve, porque foi
abandonado por quem, não tendo capacidade para lhe dar continuidade, entendeu
ser mais fácil proceder à sua subjugação.
Etiquetas: O meu pensamento
domingo, 23 de fevereiro de 2025
HOJE É DIA DE ANIVERSÁRIO DE ROTARY INTERNACIONAL
Etiquetas: O meu pensamento
sábado, 15 de fevereiro de 2025
AGORA É QUE QUEREM SER HOMENZINHOS
As expressões que reproduzo a seguir deixam-me verdadeiramente
espantado. O que esperavam os elementos da câmara, nomeadamente o seu
presidente, quando em actos anteriores não se souberam impor, têm, agora, o
resultado da sua moleza. Ainda não se convenceram que, eles, são os que menos mandam
nesta terra.
Os eleitos na Câmara Municipal de Peniche mostraram-se
hoje divididos com a intenção do Governo em transformar o Forte de São João
Batista, na ilha das Berlengas, em centro interpretativo ambiental, sentindo-se
excluídos do processo.
“Estou deveras surpreendido pelo despacho da ministra
do Ambiente, porque representa uma falta de respeito por estes órgãos e porque
decide o que estes órgãos devem fazer sem falar com ninguém”, afirmou Henrique
Bertino.
Etiquetas: Política Local
segunda-feira, 27 de janeiro de 2025
FOI HÁ OITENTA ANOS O HOLOCAUSTO
É preciso e urgente que não se deixe apagar a memória do que
foi a bestialidade acontecida quando eu tinha oito anos.
É preciso pensar em muitas outras situações que, entretanto,
ocorreram tendo por base a aludida bestialidade.
Não vale a pena partidarizar estes acontecimentos, a besta
humana, quando tal, age no sentido do que tem em mente.
Etiquetas: O meu pensamento
quinta-feira, 23 de janeiro de 2025
É assim que evita o enjôo no mar
Etiquetas: Curiosidades
sábado, 18 de janeiro de 2025
QUAL SERÁ O SEGREDO?
Etiquetas: Política Local
domingo, 5 de janeiro de 2025
A MINHA TERRA EM IMAGENS
terça-feira, 24 de dezembro de 2024
A TODOS OS LEITORES E AMIGOS
sexta-feira, 13 de dezembro de 2024
TANTO TRABALHO PARA TÃO TRISTE FIM
ROTARY REUNIÃO DE 08 07 2024
(A minha intervenção)
Agradeço a presença dos companheiros visitantes, ela
representa o interesse que o distrito dispensa à continuidade do nosso clube,
mas, também, o reconhecimento da acção que desempenhou ao longo dos seus 45
anos de vida.
Devo esclarecer que tive necessidade de recorrer a esta forma
escrita pela dificuldade que os meus 88 anos colocam à memorização e abordagem
de um assunto desta importância.
Para situar o conteúdo do contributo que pretendo apresentar
nesta hora dolorosa da nossa existência, tenho que, previamente, salientar
alguns factos históricos ocorridos ao longo da sua existência.
Quando, decorridos 3 ou 4 anos do seu nascimento, se discutiu
a forma como o nosso clube iria intervir no cumprimento da sua missão em geral,
colocaram-se duas correntes de opinião, uma tendia a que se adquirisse uma sede
localizada no centro da cidade tendo em vista a facilidade de contacto com a
nossa população, outra, que ia no sentido de actuarmos em proveito do movimento
rotário em geral, que abrangeria a totalidade do então único distrito que
constituía o país, que se veio a concretizar sob a forma da instalação deste
centro de férias.
Quero afirmar que me situei no lado minoritário em discussão,
o que não invalidou que abraçasse, com a dedicação possível, o projecto
preferido e, devo referir, nele envolver a minha esposa Rosa desde a primeira
hora, aliás, como aconteceu com outros companheiros.
Foi um objectivo alcançado graças ao esforço conjunto de um
grupo coeso no atingimento do objectivo, uns com mais esforço de trabalho,
outros com maior esforço de carteira, mas todos num único sentido.
Devo dizer que, no que respeita à adesão do distrito à nossa
causa, nunca foi atingido o volume de interesse que se sonhou, embora, da parte
de alguns poucos clubes, tenha havido a oportunidade de colaborar no
preenchimento dos nossos objectivos.
Teremos, porventura, sido pouco persistentes na divulgação do
projecto, mas já não é altura de remediar.
A existência deste património tem os seus custos de
manutenção e a sua localização não permite um fácil contacto e interesse da
população local e, para além disso, os anos passaram e não soubemos, em devido
tempo, adaptar as instalações e procurar novas actividades que permitissem
amenizar e suportar os custos a que ficamos sujeitos.
Hoje debatemo-nos com a necessidade de executar obras que já
são urgentes a alguns anos, temos uma elevada taxa etária dos nossos
associados, há um desinteresse e falta de convicção que não permite pensar na
renovação e viragem para continuidade do nosso clube.
É esta a encruzilhada em que nos situamos. Como poderemos
pensar em renovar se não nos adaptamos à exigência dos tempos que correm, como
podemos ultrapassar a nossa incapacidade de executar as obras estruturais e de
adaptação que se impõem?
Há vinte anos, por aí, numa outra altura de crise cedemos as
instalações a uma instituição congénere e depressa nos arrependemos, dado o
fim, pouco recomendável, que lhe deram na utilização e nos forçaram a reocupar
a nossa missão.
Por tudo isto e porque estamos instalados numa área de zona
protegida, e só por consideração da actividade que aqui desenvolveríamos nos
foi facultada, a continuidade futura destas instalações está sujeita à
apreciação que vier a ser feita pela Câmara Municipal.
E foi esta linha de pensamento e perante os factos relatados
que, na última assembleia geral, afirmei que se o clube não tiver meios de
sobreviver, como parece, proponho e devolução do terreno à Câmara com a
demolição do edificado.
Nota de hoje dia 13/12/2024 –
Os comandantes do navio já o abandonaram, restam os
tripulantes que não sabem nadar em águas revoltas, resta-nos esperar
pelo seu naufrágio.
João Marques Petinga Avelar
Etiquetas: O meu pensamento
segunda-feira, 25 de novembro de 2024
25 DE NOVEMBRO - (25 DE ABRIL)
Passa mais
um aniversário da data em que um grupo de heróis ajudou a Pátria, que
tanto amo, a desenvencilhar-se do jugo comunista que nos estava a ser imposto.
Foi, assim, restabelecida a liberdade que em 25 de Abril outros
tantos heróis nos havia oferecido, mas que a subversão comunista e comunizada
foi lesta em recapturar para a esfera do totalitarismo.
A atenção ao que se está passando no mundo em que vivemos
deve incluir a prevenção para futuras acções, a desenvolver, no sentido de se
evitarem viragens perversas da verdadeira liberdade.
Etiquetas: Política
domingo, 17 de novembro de 2024
A MINHA TERRA EM IMAGENS
segunda-feira, 11 de novembro de 2024
MUSEU MUNICIPAL DE PENICHE
Acabamos de passar pelo sétimo aniversário da data em que
uns energúmenos, que se dizem filhos de Peniche, encerraram o MUSEU DE PENICHE
para abrir caminho à satisfação de uma contrapartida que o António Costa, na
altura primeiro-ministro, teve de pagar ao Bloco de Esquerda, pelo apoio
parlamentar.
Enfim, ficamos sem museu e sem saber se algum “penicheiro”
também recebeu alguma contrapartida.
A certeza que temos é que o museu continua encaixotado e não
temos conhecimento de que as entidades locais se preocupem com isso.
Incluo o link da comemoração do último ano.
https://peniche-minhaterra.blogspot.com/2023/11/uma-vergonha-com-seis-anos.html
Etiquetas: Política Local
domingo, 3 de novembro de 2024
O CINEMAR
A propósito das fotografias supra, publicadas pelo amigo João
Paulo Leitão, não posso deixar de voltar a referir que elas representam a
última machadada no aspecto cultural da nossa cidade.
Representam ainda aquilo que vários dos responsáveis autárquicos
ligaram ao progresso cultural da cidade, ao ponto de hoje não existir um cinema
nem qualquer outro local onde, condignamente, se possa assistir a qualquer tipo
de espectáculos.
Enfim, somos o que somos, também, com muitas culpas nossas.
Etiquetas: O meu pensamento
quinta-feira, 10 de outubro de 2024
ERRADICAR A PÓLIO É REALIZAR A MAGIA DE ROTARY!
O nosso compromisso com a eliminação da Polio não é sazonal! Todos os dias são bons para agirmos. Todos os dias são bons para nos informarmos e para esclarecermos outras pessoas! Mas o corrente mês de outubro é aquele em que se inclui o Dia Mundial de Combate à Polio (24 de outubro) e, por isso, aquele em que mais pessoas e entidades de todo o tipo estão mais sensibilizadas para o tema. Devemos aproveitar a oportunidade que nos é oferecida pela efeméride. Não há outra melhor em todo o ano.
Não é fácil falar de Polio no nosso País. A maior parte dos nossos concidadãos está completamente alheada do tema e muito boa gente ignora que a vacina contra esta doença continua a ser ministrada às nossas crianças. Há muito tempo que, felizmente, não existe um único caso entre nós e as notícias sobre a situação noutras paragens não chegam a impressionar.
Será razão para nos conformarmos e cruzarmos os braços?
A Polio foi uma ameaça permanente em todo o Mundo durante o século XX e fez milhões de vítimas por todo o lado. O Rotary sonhou que era possível pôr-lhe fim e erradicar a doença. Começou sozinho, perante a desconfiança geral. A verdade é que em pouco tempo foi possível construir parcerias dotadas de competências para levar a cabo a missão e assim nasceu a Iniciativa Global para a Erradicação da Polio, que integra, entre outros, a Organização Mundial de Saúde e a UNICEF. Dentro desta Iniciativa há uma divisão de tarefas. Ao Rotary cabe a "advocacy" (sensibilização) e a arrecadação de fundos, tendo em conta a capilaridade da sua presença comunitária. É isto que nos cabe fazer e é nisto que nos temos de concentrar.
As exigências de financiamento da operação global são enormes e rondam os mil milhões de doláres por ano. Enquanto existir o vírus em circulação, é necessário continuar a vacinar de forma maciça todas as crianças, em todo o lado, nas condições mais inóspitas e longínquas, ultrapassando obstáculos de todo o tipo, incluindo as barreiras levantadas por quem se opõe a vacinas. Não há alternativa! Se abrandarmos, o vírus expande-se de novo e ganha resistências. Neste esforço o Rotary compromete-se com 50 milhões de USD por ano, a que se adicionam os valores equiparados pela Fundação Gates numa base de 2 para 1. Esta quantia de 50 milhões de USD é arrecadada por cada um de nós. Este Rotary de que falamos somos nós, cada um de nós. Se nos desinteressarmos, ninguém vai fazer o trabalho que nos compete.
Mas este trabalho não é só fazer doações em dinheiro, pelo valor que cada um puder. Cada euro conta! Um euro que doemos salva pelo menos 3 vidas! É também falar do assunto na nossa Comunidade, procurar informarmo-nos para esclarecer os outros. É sensibilizar, para que os nossos concidadãos percebam o que está em jogo e se juntem a nós nesta grande batalha.
Neste enquadramento tenho que destacar o que já se fez no mês de setembro. A propósito da minha visita aos clubes dos Açores, os Companheiros Ilda e José Braz ofereceram um jantar em sua casa, cuja receita foi totalmente destinada ao fundo Polio Plus. Entre as contribuições dos que participaram no jantar, rotários e não rotários, e dos que a ele se associaram (muitos do Continente) foi possível angariar a verba de 13 000 doláres. A empresa familiar (e modesta) que produziu o jantar não cobrou nada, apenas pedindo que fosse feita uma contribuição em seu nome. Não é encantador? Ainda em setembro, um domingo de vindimas em casa do Companheiro Armando Barreira, juntando Companheiros dos RCs de Almeirim e de Setúbal, permitiu arrecadar mais 1 500€. Sensibilizar é possível e está ao nosso alcance.
Recordo ainda que esta causa teve relevo suficiente para motivar um cessar-fogo humanitário em Gaza, de modo a permitir uma vacinação em larga escala em poucos dias. Por favor, parem um minuto e pensem nas que condições em que esta operação foi feita, nas famílias que tiveram de se deslocar aos postos de vacinação, gente que não sabia se tinha amanhã mas que, mesmo assim, quis vacinar os seus filhos como se tudo fosse normal, na logística que foi preciso muito rapidamente montar, nos doadores que financiaram a operação.
Há quem ache que 40 anos para erradicar a Polio é demais e que por isso devíamos desistir. Peço a esses que meditem no exemplo de Gaza ou no exemplo das mulheres do Paquistão e do Afeganistão que estão na 1ª linha do combate. Será que não merecem o nosso esforço?
Para os que são mais sensíveis a argumentos económicos e financeiros, pensem no alívio que será quando a Polio for eliminada: pelo menos 1 000 milhões de dólares por ano!
Um mundo livre de Polio é o grande legado do Rotary para a História da Humanidade. É o que irresistivelmente nos colocará nos livros de História e que garantirá o reconhecimento que merecemos. Mas tudo isto só acontecerá se levarmos o combate até ao fim. Cada um de nós tem algo a fazer neste empreendimento. Vamos fazer História?
Espalhemos irresistivelmente a Magia do Rotary e erradiquemos a Polio!
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quarta-feira, 9 de outubro de 2024
A MINHA TERRA EM IMAGENS
terça-feira, 8 de outubro de 2024
PARA ONDE VAIS MINHA TERRA QUERIDA
No entardecer acelerado da vida que Deus me reservou, não
tendo grandes motivos para estar desiludido com a ambição e rumo que dei à
minha vida e à daqueles que incluem a família que constituí, tenho de lamentar
que a terra onde nasci não seja motivo de orgulho de todos os meus
conterrâneos.
Sem querer apontar o dedo a quem quer que seja, não posso
deixar de lamentar que, ao apreciar o que já foi e aquilo a que está reduzida,
neste momento, não é motivo de orgulho para ninguém.
Quem serão os verdadeiros culpados desta situação? É motivo
que não está no sentido que o conteúdo deste escrito encerra.
O que verdadeiramente importa é uma profunda reflexão que todos
os verdadeiros penicheiros têm o dever de fazer, abandonando a sua sujeição a
um determinado número de capelinhas, ou interesses pessoais, que, em minha
análise, me perece ser um dos motivos do desacerto em que estamos.
Se todos refletirmos e nos dispusermos a conceder à nossa
terra um pouco da atenção e cuidado, que merece, ela tem as condições
necessárias para atingir o desenvolvimento que vimos à nossa volta.
Não posso encerrar estas insignificantes palavras sem chamar a atenção dos penicheiros para o facto de serem eles que mandam na sua terra e deixarem de se subjugar a interesseiros que têm proliferado, em demasia, nesta MINHA TERRA.
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quinta-feira, 5 de setembro de 2024
UM SONHO QUE SE ESFUMOU
Um dia,
já lá vão 45 anos, um amigo teve a gentileza de me convidar para fazer parte de
um grupo de pessoas que estava em formação.
Aderi,
sem saber bem do que se tratava, e tive a surpresa de ser acolhido por outros
amigos que assumiram o compromisso de, expandindo uma sua crença, resolverem
que Peniche, a sua gente e não só, seriam merecedores de acolher os benefícios
da instituição que representavam.
Trata-se
de uma instituição de cariz internacional cuja acção pretende ser uma ajuda
para a solução de problemas da humanidade e fortemente dirigida aos mais
necessitados.
Quando o
grupo entendeu perguntar-me se estaria na disposição de integrar o movimento e
suas obrigações, respondi que, não só estaria na disposição de o integrar, como considerava uma honra terem tido a lembrança de me convidar para
tal.
Constatei,
entretanto, que aquele grupo de residentes da minha terra tinha a garra e a
determinação de conseguir cumprir alguns dos objectivos que nos foram
propostos, sem olhar a contrapartidas pessoais e sempre dispostos a ir mais
além.
Prezo que
terei cumprido, minimamente, o que esperavam de mim, mas, neste momento estou
assediado pela angústia de estar a ver em risco de extinção a continuidade do
sonho que tivemos e não ter a idade e, portanto, a possibilidade de, dando dois
murros na mesa, não permitir que seja feita a vontade de quem não tem
convicções do mesmo género.
É o que
chamo uma resignação que vai deixar os efeitos de um golpe profundo na determinação
de outros tempos, mas, face ao que a vida de hoje me permite, tenho que aceitar.
João
Marques Petinga Avelar
(Setembro de 2024)
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terça-feira, 3 de setembro de 2024
A MINHA TERRA EM IMAGENS
sexta-feira, 16 de agosto de 2024
NOVENTA ANOS DE VIDA E SETENTA E CINCO DE LUTA
Ontem a família Almeida fez justiça ao celebrar, com a
dignidade que se impunha, o nonagésimo aniversário do seu progenitor.
Como terá ficado feliz o Luiz Almeida ao ver-se rodeado de
toda a sua família, secundados por um elevado número de amigos que quiseram e
sentiram a obrigação de estar presentes.
O Luiz representa um pequeno grupo de lutadores cujas vidas
tive o privilégio de acompanhar de perto, porém, no seu caso em especial, esse
acompanhamento foi desde os anos mais tenros das nossas vidas, graças à
afinidade que unia as nossas famílias.
O Luiz começou por pegar na actividade profissional de seus
pais e dar-lhe a dimensão que entendeu e estava nos seus projectos e ambição.
Mas, não se ficou por aqui, a sua força de
trabalho, a sua ambição e o senso que sempre o guiaram na vida, criaram o
empresário de que a minha terra tanto se deveria orgulhar.
Mas não se trata apenas de um brilhante empresário, como
referi, também foi um desportista vencedor e em especial um autarca que fez
pela sua terra aquilo que muito poucos conseguiram.
E é aqui que lamento ter de afirmar que a “minha terra”,
melhor dito, todos os responsáveis da autarquia que por ali passaram, não viram
ou não quiseram reconhecer-lhe a sua valia e a sua doação às coisas de Peniche.
Um abraço Luiz, tens a teu lado um extenso rol de amigos que te sabem considerar.
Etiquetas: Personalidades
quarta-feira, 14 de agosto de 2024
Smart Ocean e a banha da cobra
Quem leu a notícia da assinatura do auto de construção do
Smart Ocean ficou radiante com a pintura apresentada, em especial com a
reprodução das declarações do seu principal promotor.
“Vamos incubar mais de vinte empresas. Prestar serviço
de apoio às empresas na fase inicial de crescimento. Queremos
internacionalizar, mas também captar empresas, investimento para Peniche."
Foram estas as afirmações introdutórias e a sua leitura
empolga qualquer bem-intencionado, nomeadamente o snr. Presidente da Câmara,
que certamente vê nesta importante colaboração, uma forma de encher, o amplo
espaço de que, há anos, anda a anunciar a infra-estruturação da Zona Industrial
do Vale do Grou e Parque Tecnológico adjacente sem que nada tenha sido feito.
Agora o projecto Smart Ocean vai trazer todas estas empresas
e investidores para os colocar onde?
É aqui que, quem tenha dois dedos de testa pensa (NÃO
ESTARÃO A VENDER A BANHA DA COBRA!)
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sábado, 10 de agosto de 2024
A MINHA TERRA EM IMAGENS
sexta-feira, 19 de julho de 2024
A MINHA TERRA EM IMAGENS
domingo, 14 de julho de 2024
O PESCADOR
Voltou ao seu lugar a estátua com que o povo de Peniche quis
homenagear a classe que mais contribuiu para o desenvolvimento da minha terra.
Quero agradecer e enaltecer o facto de os responsáveis
autárquicos haverem respeitado a vontade dos nossos antepassados que tiveram,
antes de nós, a respeitável lembrança de perpetuarem o seu apreço pelo esforço
dos pescadores de Peniche.
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quinta-feira, 11 de julho de 2024
UMA VOLTA "TURÍSTICA"
Etiquetas: Política Local
quinta-feira, 27 de junho de 2024
Central Fotovoltaica em Atouguia da Baleia
Abordo este assunto para transmitir à Arméria, associação ambientalista
que zela e defende os interesses do nosso concelho, o meu aplauso pela posição
que tomou em relação à pretensão de se instalar a central fotovoltaica em
título.
Os deuses devem estar doidos ou interesseiros, não é
compreensível que um concelho que tem o escasso território do nosso seja
governado por alguém que admite, sequer, pensar em instalar uma central do
género em terrenos que constituem o miolo do território e vai ocupar uma área,
da pouca que resta, para a actividade agrícola ou expansão urbana.
Quando esteve em análise a central da Serra d’El Rei o povo
calou, quando lhe ocuparam a fortaleza para contrapartida de
apoio o povo calou e agora?
Será que o POVO DE PENICHE está adormecido, espero bem que tenha ganho consciência de que não vive em regime comunista, pode expor as suas ideias, defender os interesses da sua terra sem medo que, os deuses governantes, o incomode.
Etiquetas: Política Local
quarta-feira, 26 de junho de 2024
A PRAIA DO MOLHE OESTE
A acumulação de areia está a processar-se a bom ritmo, pelo
que, no mês de Agosto, é previsível que já se possam armar chapéus de sol e
barracas,
Quando projectaram o prolongamento do cais interior este
blogue chamou a atenção para as consequências daí resultantes, tanto para o
lado da entrada do porto, como para a manutenção da navegabilidade do porto de
recreio, em agravamento do que já vinha sucedendo.
Fomos apelidados de intrusos no trabalho dos técnicos
responsáveis, porém, o tempo veio confirmar que, aquilo que foi dito, estava
certo, como era evidente.
Em confirmação destas afirmações deixamos abaixo os links de
acesso ao que, então, foi dito:
https://peniche-minhaterra.blogspot.com/2019/01/respondo-uma-observacao.html
https://peniche-minhaterra.blogspot.com/2019/01/o-aumento-do-esporao-interno.html
Etiquetas: Política Local
segunda-feira, 24 de junho de 2024
A MINHA TERRA EM IMAGENS
segunda-feira, 27 de maio de 2024
OS FARILHÕES
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Etiquetas: Belezas da Minha Terra
sexta-feira, 24 de maio de 2024
A MINHA TERRA EM IMAGENS
sábado, 11 de maio de 2024
Gruta da Furninha
Diz a História:
“A Gruta da Furninha, é uma gruta natural na vertente sul
da península de Peniche, situa-se num bordo das falésias entre o Forte de
Peniche e o Cabo Carvoeiro, virada para o mar, é testemunho da presença mais
ocidental, na Europa, do Homem de Neandertal, extinto há cerca de 40.000 anos. Foi
cavada em 1880 pelo estudioso Joaquim Nery Delgado.
Foi abrigo e cemitério, esta estação pré-histórica
forneceu um vasto espólio arqueológico.
Vestígios de
fauna do período quaternário (peixes e mamíferos) utensílios líticos
(bifaces, pontas de seta, machados de pedra polida…), utensílios em osso; e
várias peças de cerâmica neolítica (os célebres vasos de suspensão da Gruta da
Furninha).
Este numeroso espólio
encontra-se disseminado por vários museus entre eles o (Museu Municipal de
Peniche?).
Joaquim Filipe Nery da Encarnação Delgado nasceu em Elvas no
dia 26 de Maio de 1835.
Insigne geólogo e director da Comissão do Serviço Geológico,
foi um dos pioneiros da geologia portuguesa, vendo o seu trabalho medalhado em
todas as exposições internacionais nas quais o Serviço Geológico estivesse presente.
Em 1867 foi publicado o seu primeiro estudo da existência
do homem no nosso solo em tempos mui remotos provada pelo estudo das cavernas
em todas as exposições
A sua notável obra abrange os domínios da Estratigrafia e
da Paleontologia do Paleozóico Inferior, da Cartografia geológica, da
Arqueologia e da Geologia Aplicada, deixando em toda ela a sua marca de rigor,
probidade e qualidade científica excepcional, que a fazem, ainda hoje,
indispensável à investigação do nosso território”.
É toda esta história do passado que está desprezivelmente abandonada pelos responsáveis pela cultura da nossa terra, porventura, não tem interesse político ou não cabe nos parâmetros das insígnias dos “resistentes”.
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